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IGP-M tem deflação menor em maio e cai 0,07%, aponta FGV

Índice responsável pelo reajuste dos aluguéis havia registrado baixa de 0,15% em abril; no ano, queda é de 1,14%

Por Alessandra Saraiva e da Agência Estado
Atualização:

A deflação no Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) diminuiu o ritmo em maio, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 28, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice desse mês caiu 0,07%, após apresentar queda de 0,15% em abril. A taxa mensal ficou no piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre -0,07% e 0,15%, sendo que a mediana era taxa positiva de 0,07%.

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A FGV anunciou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-M de maio. O Índice de Preços no Atacado, responsável por 60% do índice, caiu 0,30% em maio após apresentar deflação de 0,44% em abril.

 

Os preços dos produtos agrícolas no atacado subiram 0,24% em maio, após avançarem 0,84% em abril. De acordo com a fundação, ainda no atacado, os preços dos produtos industriais registraram queda de 0,48% em maio, em comparação com a deflação de 0,85% registrada para esses preços em abril.

 

Na análise por produtos, as altas de preços mais expressivas no atacado em maio, no âmbito do IGP-M, foram registradas em soja em grão (5,13%); milho em grão (6,30%) e batata-inglesa (18,09%). Já as mais expressivas quedas de preço no atacado em maio foram apuradas em laranja (-13,26%); ovos (-8,55%); e minério de ferro (-4,64%).

 

Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor, que mede a variação de preços no varejo e é responsável por 30% do índice, teve alta de 0,42% esse mês, em comparação com o aumento de 0,58% em abril.

 

Segundo a FGV, a desaceleração na taxa foi influenciada principalmente pelo retorno à deflação nos preços do grupo Alimentação (de 1,13% para -0,19%). Nesta classe de despesa, houve queda e desaceleração de preços em frutas (de 4,49% para -5,97%), hortaliças e legumes (de 5,46% para 0,92%) e adoçantes (de 5,58% para -1,27%).

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Das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice de varejo, apenas duas apresentaram deflação, de abril para maio. Além do grupo dos alimentos, é o caso de Transportes (de -0,16% para -0,21%).

 

Os outros grupos apresentaram aceleração de preços, ou término de deflação. É o caso de Habitação (de 0,33% para 0,63%); Educação, Leitura e Recreação (de -0,17% para 0,03%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,82% para 0,90%); Vestuário (de 0,44% para 0,67%); e Despesas Diversas (de 1,69% para 3,97%).

 

Ao analisar a movimentação de preços no âmbito dos produtos, a FGV informou que as altas de preço mais expressivas no varejo, no IGP-M de maio, foram registradas em cigarro (12,43%); batata-inglesa (17,19%); e leite tipo longa vida (8,41%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em mamão da Amazônia - papaya (-12,09%); manga (-14,74%); gasolina (-0,81%).

 

O Índice Nacional de Construção Civil, responsável pelos 10% restantes do índice, registrou taxa positiva de 0,25% esse mês, em comparação com a queda de 0,01% em abril.

 

No ano, o IGP-M acumula queda de 1,14%. Em 12 meses, a taxa acumulada do indicador é positiva, de 3,64%. O índice é muito usado para cálculo de reajustes nos preços de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do indicador desse mês foi do dia 21 de abril a 20 de maio.

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