29 de novembro de 2012 | 23h53
Para economistas, o resultado de novembro indica que a temporada de deflação dos preços no atacado pode ter chegado ao fim. Essa percepção consta de vários relatórios de bancos.
A expectativa é que o próximo IGP a ser divulgado, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), com dados de novembro e que sairá no começo de dezembro, já deverá mostrar um quadro diferente.
Perspectivas. As estimativas para o IGP-DI apontam para uma alta entre 0,15% e 0,20% para o penúltimo mês de 2012, ante uma deflação de 0,31% apurada em outubro.
"Esperamos que essa tenha sido a última deflação dessa 'safra' de IGPs", afirmou o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza Leal. Um dos motivos para a expectativa de um IGP-DI entre 0,15% e 0,20% em novembro está amparada em coletas semanais que estão indicando um resultado positivo para o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) Agropecuário.
"Para dezembro, esperamos um IGP-M em torno de 0,30%, o que levaria o índice a fechar o ano em torno de 7,4%", disse.
Segundo a FGV, o IPA caiu 0,19%, enquanto seus componentes - IPA Agropecuário e Industrial - cederam 0,41% e 0,10%, respectivamente. Em outubro, os preços ao produtor mostraram retração de 0,57% e os industriais recuaram 0,05%.
Surpresa. Uma das surpresas no IGP-M deste mês citada pelos economistas foi exatamente o declínio mais intenso na taxa dos industriais.
Dentro do IPA Industrial, os profissionais citam o novo recuo, de 3,46%, do preço de minério de ferro, após uma queda de 5,91% em outubro.
Apesar de o subíndice ter se mantido em território negativo, os profissionais consideram que o movimento de queda perderá força nos próximos IGPs.
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