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Imóveis classe A em alta

As empresas que estão de instalando no país ou abrindo novos escritórios buscam os imóveis de alta tecnologia. A oferta é escassa e os preços estão em plena alta. Nos próximos anos, o centro de São Paulo pode se tornar um novo pólo.

Por Agencia Estado
Atualização:

São imóveis que oferecem todo o tipo de tecnologia. Fibra óptica, sistema de ar condicionado central, acabamentos interno e externo, modernos e de qualidade, elevadores de alta velocidade, automação, pisos elevados, garagem, sistema de crachá eletrônico, etc. Além disso, os imóveis têm sido valorizados por oferecerem acessos e infra estrutura para deficientes físicos. "As empresas buscam o politicamente correto", afirma Fábio Nogueira, diretor da Brazilian Mortgages. Mercado restrito e preços em alta "Hoje, a maior procura é por imóveis de 1 mil metros quadrados", explica. Segundo Nogueira, as grandes empresas optam por desenvolver projetos especiais. É o chamado "built to suit". As empresas participam do projeto de construção dos prédios desde o início. Um exemplo é a nova sede do BankBoston na Marginal do Pinheiros. "Isso barateia a construção", diz Fábio. O diretor da Cushman & Wakefiel Semco, Paul Weeks, diz que, hoje, 110 mil metros quadrados da área total ofertada de imóveis top de linha estão vagos. "Nós estamos com uma demanda de 45 mil metros por trimestre e há apenas 40 mil metros para entrar no mercado nos próximos meses", explica Paul. Ou seja, a oferta vai cair drasticamente e só deve aumentar em 2002, segundo os estudos da Cushman. Para se ter uma idéia, o aluguel do metro quadrado no final do ano passado estava em R$55. Atualmente, esse valor pode chegar a R$ 70 e não deve diminuir no curto prazo. A volta do centro da cidade Segundo Nogueira, na região da Avenida Paulista existem uns dois ou três imóveis desse tipo. "Eles se concentram mais na Nova Faria Lima e na Berrini, mas essas áreas já estão ficando saturadas", afirma. Ele acredita que, nos próximos 10 anos, o centro velho da cidade deve despontar como uma área para abrigar os edifícios moderno, de alta tecnologia. Segundo Fábio, esgotados os bolsões da Marginal e Faria Lima, os novos centros de escritórios seriam mais afastados, iriam para o extremo sul da cidade e provavelmente o mercado não teria disposição para ir tão longe. Paul Weeks cita ainda como áreas que ainda podem ser exploradas a região do Morumbi e da Avenida Roque Petroni Júnior.

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