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Imóveis: classe média tem opções de crédito

Com a saída da CEF do mercado de crédito imobiliário à classe média, os interessados podem conseguir recursos nos bancos privados. Eles também têm linhas de crédito pelo SFH, com taxas de juros de 12% ao ano. Veja as demais opções.

Por Agencia Estado
Atualização:

Com a saída temporária da Caixa Econômica Federal (CEF) do mercado de crédito imobiliário direcionado para a classe média, os bancos privados surgem como uma das poucas opções para quem quer comprar um imóvel agora. A decisão da CEF atinge pessoas que têm renda mensal superior a R$ 2 mil e querem comprar um imóvel usado. É válida também para quem ganha acima de R$ 3.250,00 e pretende comprar unidades novas, incluídas as na planta (veja mais informações no link abaixo). Nos bancos privados, para quem quer usar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), uma das linhas de financiamento é o Sistema Financeiro de Habitação (SFH). O valor emprestado faz parte dos recursos próprios da instituição. Com o uso do FGTS, a taxa de juros cobrada pelos bancos privados é a mesma da que era praticada pela CEF - 12% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR). Como limitações, o SFH não permite que o prazo máximo de financiamento ultrapasse 20 anos. Além disso, o valor do imóvel deve ser inferior a R$ 300 mil, sendo que o total financiado deve limitar-se a R$ 150 mil. Outra regra importante sobre esta linha é que o mutuário não pode ter outro imóvel na mesma cidade ou nos municípios limítrofes ou manter outro financiamento ativo em qualquer outro local do País. O imóvel financiado pelo SFH é dado como garantia na operação de crédito. Ou seja, fica hipotecado até que o bem seja totalmente quitado. Em caso de inadimplência, a instituição que concedeu o crédito dá um prazo de, aproximadamente, 90 dias para a renegociação do débito. Depois disso, caso não haja um acordo, o banco executa a hipoteca. A retomada do bem pelo banco acontece em, no máximo, dois anos. Carteira hipotecária Nesta linha de financiamento, o valor emprestado ao cliente também é proveniente de recursos próprios da instituição. Portanto, não há limitações sobre o valor do bem, valor financiado e prazo da operação. Por outro lado, a taxa de juros na carteira hipotecária costuma ser mais alta do que nas linhas do SFH, já que os bancos estão livres para estipular este patamar. Neste caso, também o bem é dado como garantia e fica hipotecado. Em caso de atraso no pagamento das parcelas, os bancos costumam estipular um prazo máximo para a renegociação da dívida - em torno de 90 dias. Depois disso, a hipoteca é executada e o bem é retomado pelo banco em, no máximo, dois anos. Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) Esta é mais uma opção para a classe média que ficou sem os recursos da CEF. Trata-se de um produto recente para o financiamento imobiliário - criado em 1997 - e, portanto, nem todas as instituições oferecem o produto. Os recursos liberados por esta linha são captados em títulos emitidos pelos bancos com lastro imobiliário. No SFI, os recursos do FGTS podem ser utilizados e, neste caso, as características são as mesmas do SFH - taxa de juros de 12% ao ano mais a variação da TR, prazo máximo de 20 anos, valor do bem limitado a R$ 300 mil e financiamento de, no máximo R$ 150 mil. Caso a compra do imóvel não envolva recursos do Fundo, as condições são livres, ou seja, o banco estabelece suas regras. A grande diferença do SFI na comparação com o SFH e a Carteira Hipotecária é a alienação fiduciária do bem que substitui a hipoteca. Neste caso, o imóvel é propriedade da instituição financeira e, em caso de inadimplência, pode ser retomado com maior rapidez. O banco estabelece um prazo para renegociação da dívida - de no máximo 90 dias. Depois deste período, a instituição pode retomar o bem em até três meses. Veja na matéria seguinte os principais bancos que oferecem estas linhas de financiamento e, no link abaixo, mais informações sobre as característica de cada um destes produtos.

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