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Imóveis: perspectivas e riscos para o setor

Analistas consideram que o investimento em imóveis pode ser uma opção segura em um período de crise, já que o preço das unidades pode não cair. Mas eles apontam o risco de ficar com o imóvel vazio, o que gera custos para o proprietário.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os imóveis têm sido recomendados como uma opção de diversificação de investimento neste momento de instabilidade. O principal motivo, segundo analistas, é que, mesmo com o agravamento da crise, o preço dos imóveis tem poucas chances de cair e, caso isso aconteça, a perda para o investidor deve ser menor do que em outros segmentos. Segundo o diretor da Brazilian Mortgages, Fábio Nogueira, o sentimento de propriedade no mercado imobiliário é muito forte. Isso significa que, mesmo se a oferta de imóveis for maior do que a demanda, ou que a locação das unidades esteja muito baixa, o que poderia provocar uma queda nos preços, seja das unidades ou dos aluguéis, o proprietário acaba não negociando em valores muito abaixo do que ele julga correto. No mercado de ações, diferentemente, os papéis são negociados bem abaixo do que de fato valem. Algumas ações do setor de telecomunicações, por exemplo, são vendidas até 50% abaixo do preço-alvo. Mas o diretor não descarta uma alteração de preços, caso a crise seja mais duradoura. "De qualquer forma, a baixa seria muitíssimo menor do que em outros ativos", avalia. Alguns riscos do investimento Mas o investimento não está livre de riscos. Para quem compra imóveis apenas com o objetivo de receber a receita proveniente dos aluguéis, o investidor deve estar preparado para a possibilidade de que o imóvel fique vazio. Isso faz com que, além de não obter nenhum ganho com a aplicação, o investidor ainda tenha que gastar com a manutenção do imóvel; pagamento de taxas, como condomínios; e tributos, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Segundo o diretor de Pesquisa e Consultoria da Cushman, Paul Weeks, no caso dos imóveis comerciais, esta possibilidade não é tão pequena, já que vários fatores têm deixado este mercado desaquecido, como a perspectiva de redução na atividade econômica e o problema de racionamento de energia. "São fatores que desestimulam o investimento produtivo por parte dos empresário. Com isso, a procura por imóveis para locação tende a diminuir", avalia. Veja no link abaixo mais informações sobre o mercado de imóveis.

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