PUBLICIDADE

Impacto das bebidas no IPCA será de até 0,03 pp

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

O aumento de impostos incidentes sobre as vendas de bebidas frias, como cervejas, refrigerantes e isotônicos, deve exercer um impacto de 0,02 a 0,03 ponto porcentual sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de 2014. É o que preveem analistas de duas consultorias econômicas ouvidos pelo Broadcast.Para a economista Adriana Molinari, da Tendências Consultoria Integrada, o impacto deverá ser de 0,02 ponto porcentual, totalmente incorporado na inflação de junho. Já o economista Fábio Romão, da LCA Consultores, trabalha com um impacto de 0,03 ponto porcentual, que deve ser dividido entre a inflação de junho e julho.O aumento dos impostos sobre as bebidas foi anunciado ontem pelo secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto. Ele não divulgou as alíquotas, mas previu que o que aumento médio dos preços das bebidas será em torno de 1,3%. É com esse aumento médio previsto que os economistas da Tendências e da LCA Consultores estão fazendo seus cálculos."Como a Receita não divulgou as alíquotas, estamos incorporando na nossa previsão o aumento médio esperado pelo órgão", disse Romão. O mesmo afirmou a economista da Tendências.Mariana acredita que o aumento possa até não ser repassado totalmente para o consumidor, a despeito de esperar um aquecimento da demanda por conta da Copa do Mundo, por causa das diferentes dinâmicas do setor de bebidas. "O repasse para o consumidor é diferente (do atacado) e tem toda uma dinâmica específica do setor", disse.Apesar de considerar pequeno o impacto sobre a inflação, Romão chama a atenção para o fato de o reajuste dos preços das bebidas acontecer num momento em que a inflação do Grupo Alimentação e Bebidas já se encontra em um patamar elevado.Para se ter uma ideia, de acordo com o economista da LCA, a inflação de alimentos em junho deverá ficar em 0,25% e a de julho, em 0,18%. A média de inflação para estes meses em anos anteriores foi de 0,05% e deflação de 0,12%, respectivamente. Para o ano como um todo, Romão prevê uma taxa de inflação de 9,15% para o grupo Alimentação e Bebidas, ante 8,5% em 2013.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.