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Importação de açúcar pela China cai 35% em agosto

As importações de açúcar da China, segundo maior consumidor mundial da commodity, subiram nos últimos anos graças a um grande diferencial entre os preços domésticos e internacionais

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Por Redação
Atualização:
A China é a principal importadora de açúcar bruto do Brasil, tendo comprado 1,3 milhão de toneladas de janeiro a agosto Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A China importou 366.368 toneladas de açúcar em agosto, queda de 35 por cento na comparação com o mesmo mês de 2013, com a diferença entre os preços locais e internacionais se encurtando e reduzindo os lucros dos importadores.

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As importações de açúcar da China, segundo maior consumidor mundial da commodity, subiram nos últimos anos graças a um grande diferencial entre os preços domésticos e internacionais.

No entanto, a margem de lucro foi corroída, com preços em Zhengzhou no seu mais baixo nível desde o final de 2009, acompanhando as cotações globais em mínimas de cinco anos.

Os preços domésticos também estão sob pressão da crescente oferta de açúcar na China, com os estoques industriais na principal região produtora, Guangxi, em cerca de 3 milhões de toneladas, enquanto as reservas estatais somam cerca de 6 milhões, de acordo com autoridades da indústria.

"A janela de importação para importações extra cota foi praticamente fechada nos últimos meses, exceto por um ou dois momentos curtos, então isso desestimula importações", disse uma fonte da área comercial que não estava autorizada a ser citada pela imprensa.

Nos primeiros oito meses do ano, as importações chinesas caíram 13 por cento, a 2,04 milhões de toneladas.

A China é a principal importadora de açúcar bruto do Brasil, tendo comprado 1,3 milhão de toneladas de janeiro a agosto, queda de 33 por cento ante o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério de Agricultura brasileiro.

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As importações deverão continuar mais baixas ante o ano passado, disse o comerciante na China, embora os compradores tenham comprado recentemente de 100 mil a 150 mil toneladas de bruto da Tailândia para entrega no quarto trimestre.

(Por Dominique Patton)

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