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Importações fortes têm reduzido superávit comercial

Por Renata Veríssimo
Atualização:

Assim como em janeiro, as importações em fevereiro registram um ritmo muito mais forte do que as exportações, o que tem puxado o superávit da balança comercial para baixo. Pela média diária, o saldo comercial de fevereiro já é 27,1% menor que o registrado em fevereiro de 2007. No acumulado deste ano até a terceira semana do mês, a queda no superávit é ainda mais intensa por causa do baixo resultado de janeiro: 48,6% pela média diária e 53,1% em valores globais na comparação com o mesmo período do ano passado. O saldo comercial acumulado em fevereiro é de US$ 1,057 bilhão e, no ano, de US$ 2,001 bilhões. As exportações totalizam US$ 6,153 bilhões até a terceira semana de fevereiro, com média diária de US$ 683,7 milhões, o que representa um crescimento de 21,5%, em relação à média diária de fevereiro de 2007. Segundo os dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as vendas de semimanufaturados subiram 31,9%, por conta de óleo de soja em bruto, ferro fundido, semimanufaturados de ferro e aço, celulose, cátodos de cobre, madeira serrada e ferro-ligas. Os embarques de básicos aumentaram 24,4%, puxados principalmente, por carne de frango e suína, milho em grão, farelo de soja, minério de cobre, minério de ferro, café em grão e petróleo bruto. As exportações de manufaturados cresceram 16,7%, em razão de gasolina, suco de laranja congelado, chassis com motor, aviões, álcool etílico, motores e geradores, máquinas e aparelhos para terraplanagem, calçados, pneumáticos e tratores. Pelo lado das importações, a média diária até a terceira semana de fevereiro deste ano, de US$ 566,2 milhões, ficou 40,9% acima da média de fevereiro de 2007 e 1% superior a de janeiro, que teve um ritmo forte (US$ 560,6 milhões). As importações acumulam US$ 5,096 bilhões este mês. No comparativo com fevereiro do ano passado, aumentaram os gastos, principalmente, com cereais e produtos de moagem (119,5%), siderúrgicos (95,4%), adubos e fertilizantes (74,3%), cobre e suas obras (72,4%), automóveis e partes (69,0%), borracha e obras (58,6%), plásticos e obras (54,6%), equipamentos mecânicos (51,4%) e aparelhos eletroeletrônicos (43,2%).

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