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Impostômetro mostrará R$ 1 trilhão pela primeira vez

Por Andrea Vialli
Atualização:

Na segunda-feira, o brasileiro terá pago R$ 1 trilhão em impostos, só este ano. É o número que será registrado pelo impostômetro, painel que registra em tempo real a quantidade de tributos municipais, estaduais e federais que incidem no bolso da população, com base em dados enviados pelas secretarias de Fazenda dos Estados, tribunais de contas e orçamentos do poder público. Para abrigar a casa de R$ 1 trilhão, o painel teve que ser aumentado de tamanho, para acomodar as casas decimais dos trilhões - mas não muito, para não desobedecer à lei Cidade Limpa. "Estamos pagando tudo isso de impostos, sem CPMF e levando em consideração que o mês de maior arrecadação, que é dezembro, ainda está na metade", diz Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Até o meio do ano, a expectativa da ACSP era de que o impostômetro atingisse R$ 1 trilhão, mas só no último dia do ano. "O bom momento da economia propiciou arrecadação recorde", diz Burti. Na segunda-feira, quando o contador chegar à marca de R$ 1 trilhão, a ACSP e o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) vão promover uma "feira" para mostrar o quanto o brasileiro paga de imposto na cesta de produtos natalinos e nos principais presentes de Natal. O panetone vem recheado de imposto: 34,63% do preço são tributos. Assim como o chester, o peru e o pernil, que têm cargas de 29,32%. O espumante, 59,49%. Os enfeites de Natal, 48,02%. Se o brasileiro quiser montar um presépio, destinará 35,93% do preço das estatuetas do menino Jesus e dos reis Magos para os cofres do governo. Até a árvore de Natal tem carga tributária pesada: 39,23%. "O cidadão de menor renda não faz idéia do quanto incide de imposto sobre os produtos que consome. Queremos mostrar que é justo cobrar por melhores condições na saúde e educação, pois todos pagamos por esses serviços", diz Burti.

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