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Inadimplência atual é fator conjectural, diz Santander

Por ÁLVARO CAMPOS
Atualização:

O presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, afirmou nesta quinta-feira que as taxas de inadimplência no Brasil devem começar a se estabilizar no fim deste ano. Até lá, tanto a inadimplência quanto as provisões do banco para possíveis perdas devem continuar subindo."Este ainda pode ser um trimestre com alta da inadimplência. Mas ela deve se estabilizar, ter uma queda no fim do terceiro, no quarto trimestre", disse Portela, durante um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy.O executivo comentou que a inadimplência no Brasil está em um nível elevado, mas não chega a ser preocupante. "Nós achamos que se trata de um fator conjectural. Seria preocupante se fosse um assunto associado com queda no emprego. Mas o País está com um nível de emprego muito bom. Basta que alguma famílias baixem o endividamento. É um processo que já está acontecendo nesse momento na indústria", afirmou.Portela disse que o setor financeiro no Brasil passa por uma profunda transformação no momento, causada por diversos fatores, entre eles a queda na taxa básica de juros. "A taxa de juros a 12%, 13% é uma coisa. A taxa a 7%, 8%, sustentada, é diferente. Esse fato tende a mudar muita coisa dentro da indústria financeira. Não falo de rentabilidade, falo da cultura. É uma indústria que vem do final da hiperinflação, e vai ser construída sobre outras bases para os próximos 10, 20 anos."O presidente do Santander Brasil voltou a negar que a unidade esteja à venda, afirmando que esse é um ativo estratégico para o grupo. "O Santander hoje é um banco tão europeu quanto brasileiro. O Santander Brasil representa cerca de 27% dos resultados do grupo, então não faz sentido vendê-lo".

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