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Inadimplência cai para menor nível desde dezembro de 2004

O índice ficou em 35%, menor nível de inadimplência desde dezembro de 2004, quando atingiu 32%, o número mais baixo apurado na série histórica

Por Agencia Estado
Atualização:

A inadimplência dos consumidores da capital paulista apresentou queda em setembro, conforme informou nesta quinta-feira a Federação do Comércio do Estado (Fecomercio-SP). Neste mês, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da entidade apontou que, do total de endividados da cidade de São Paulo, 35% afirmaram ter contas em atraso, ante 37% no mês de agosto. Apesar do recuo discreto, de dois pontos porcentuais, trata-se do menor nível de inadimplência desde dezembro de 2004, quando atingiu 32%, o número mais baixo apurado na série histórica, iniciada em abril do mesmo ano. O Peic mostrou ainda que o número de consumidores paulistanos que possuem algum tipo de dívida - em cheque, cartão ou carnê - permaneceu estável em 55%, na comparação com o mês anterior. Há um ano, este grupo respondia por 66% do total de entrevistados mensalmente - cerca de mil consumidores. De acordo com a Fecomercio-SP, a melhora generalizada dos indicadores é "algo natural" e, após um ciclo ascendente de endividamento no fim de 2005 e início de 2006, houve uma reversão no quadro. "No entanto, a proximidade do fim do ano costuma favorecer as contratações de novos empréstimos. Como o crescimento da renda não acompanha o aumento da concessão de crédito, eleva-se o risco futuro de inadimplência", ressaltou, em comunicado à imprensa, o presidente da entidade, Abram Szajman. O levantamento da Fecomercio-SP ainda constatou outros sinais de um melhor cenário para a inadimplência na cidade de São Paulo. Entre eles, o comprometimento da renda dos consumidores endividados com o pagamento destas obrigações também obteve melhora e recuou três pontos porcentuais em setembro, para 36%, contra 39% em agosto. Segundo a Peic, 72% dos consumidores mostraram-se dispostos a quitar total ou parcialmente suas contas em atraso, aumento de cinco pontos porcentuais, na comparação com agosto. Houve, também, queda de cinco pontos, para 27%, na parcela dos que informaram que não poderão honrar seus compromissos. Quanto ao prazo médio de endividamento, 21% dos consumidores declararam que ele é inferior ou igual a três meses. Para 45%, o intervalo varia de três meses a um ano; e, para 33%, é superior a 12 meses.

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