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Inadimplência cresce 9% em junho e 15,3% no semestre

Isso ocorre devido à recuperação do nível de atividade doméstico, pela renda do trabalhador e por uma melhoria no mercado de trabalho formal

Por Agencia Estado
Atualização:

Levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Serasa mostrou que a inadimplência dos consumidores aumentou 9% no Brasil em junho ante o mesmo mês do ano passado. Na comparação com maio de 2006, porém, o movimento foi de queda, de 12,8%. No primeiro semestre, a pesquisa da companhia de análise de crédito constatou aumento de 15,3% sobre os primeiros seis meses de 2005. Os técnicos da Serasa destacaram que, apesar do crescimento verificado nas comparações com o ano passado, a inadimplência está sendo atenuada pela recuperação do nível de atividade doméstico, pela renda do trabalhador e por uma melhoria no mercado de trabalho formal. Eles salientaram também que a inadimplência dos consumidores ainda é favorável em relação ao crédito, pois, no período de maio de 2006 sobre maio de 2005, o crédito para a pessoa física cresceu 32,7% - último dado oficial que a companhia teve acesso. Quanto ao recuo entre os meses de maio e junho, a Serasa analisou que este comportamento foi motivado pelo maior volume de registros anotados no quinto mês de 2006, em virtude da maior quantidade de dias úteis. Ranking O Indicador Serasa de Inadimplência analisa registros de cheques devolvidos por falta de fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com bancos, cartões de crédito e financeiras. No mês passado, as dívidas com cartões de crédito e financeiras ultrapassaram as dos cheques sem fundos na representatividade da inadimplência dos consumidores e registraram o maior peso no indicador, com participação de 32,8%, porcentual é inferior ao registrado em junho de 2005, que foi de 35,1%. Os cheques sem fundos tiveram participação de 32,4%, ligeiramente inferior à registrada em junho de 2005, que foi de 32,7%. As dívidas com os bancos ficaram com o terceiro posto, com 31,9%, contra 29,6% em junho do ano passado. Os títulos protestados tiveram a menor participação, de 2,9% na inadimplência, enquanto no sexto mês de 2005, o peso dos protestos foi de 2,6%. O valor médio das anotações de cheques sem fundos de pessoa física foi de R$ 569,37 no primeiro semestre. Já o valor médio dos títulos protestados, no mesmo período, foi de R$ 771,57, enquanto os registros de dívidas com os bancos tiveram um valor médio maior, de R$ 1.104,76, e os registros de dívidas com cartões de crédito e financeiras tiveram o menos significativo, de R$ 306,79. Em relação ao primeiro semestre de 2005, houve um aumento de 9,0% no valor médio das anotações de cheques sem fundos e uma alta de 7,3% no valor das anotações de protestos. O valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras aumentou 20,4%, em relação aos seis primeiros meses de 2005, e o valor das dívidas com os bancos registrou uma alta de 6,7%.

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