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Inadimplência da pessoa jurídica está estabilizando, diz BC

Mesmo diante do 10º mês consecutivo de alta, analista da instituição prevê melhora do indicador

Por Fernando Nakagawa e da Agência Estado
Atualização:

O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse que a inadimplência da pessoa jurídica dá sinais de estabilização e que o indicador deve começar a melhorar brevemente. Em setembro, o porcentual das empresas com atrasos superiores a 90 dias no pagamento de empréstimos subiu pelo 10º mês consecutivo.

 

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"Não posso assegurar que já chegamos à normalidade desse processo, mas a inadimplência tende a reverter o movimento de alta. Agora, é possível dizer que estamos observando um movimento de estabilização dos atrasos", diz.

 

O argumento de Maciel passa pela observação de que a inadimplência das empresas chegou a crescer 0,4 ponto porcentual em apenas um mês, como aconteceu em julho. Nos dois últimos meses, porém, a taxa de aumento da inadimplência é bem menor, de 0,1 ponto porcentual.

 

Outro sinal de volta à normalidade no crédito das empresas é o comportamento do capital de giro, diz o chefe-adjunto do Depec. A média diária de novos empréstimos nessa linha de crédito saltou 10,4% na comparação com agosto e somou R$ 1,142 bilhão. Segundo Maciel, o número revela aumento da demanda pela atividade econômica aquecida e a volta da oferta de crédito nos bancos.

 

Pessoa física

 

O juro cobrado das pessoas físicas atingiu em setembro o menor nível da série histórica, iniciada em julho de 1994. Porém, em outubro, voltou a subir. Em setembro, o juro médio cobrado das famílias caiu 0,5 ponto porcentual na comparação com agosto, para 43,6%.

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A redução da taxa foi liderada pelo financiamento para a compra de veículos, cuja taxa caiu 1,3 ponto porcentual ante agosto para 24,9%, e pelo parcelamento no varejo, com queda de 3 pontos porcentuais para 51,4%.

 

O comportamento dessas linhas vai na contramão do que aconteceu com o cheque especial e cartão de crédito. Na primeira operação, o juro subiu 1,7 ponto na comparação com agosto, para 162,7% ao ano. No dinheiro de plástico, o rotativo teve aumento de 0,4 ponto, para 44,7%.

 

Apesar do menor patamar do juro desde o início da série histórica, houve reversão em outubro. Dados preliminares mostram que o juro médio do crédito para pessoa física subiu de 43,6% para 46% em outubro até o dia 13.

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