Publicidade

Inadimplência das empresas cresce 14,4%, aponta Serasa

A somatória da redução no ritmo da atividade econômica com o nível ainda elevado das taxas de juros contribuiu para "restringir a capacidade das empresas em honrar seus compromissos

Por Agencia Estado
Atualização:

A inadimplência das empresas brasileiras aumentou em outubro, conforme levantamento divulgado nesta sexta-feira pela Serasa. Na comparação, com setembro, houve elevação de 1,8%, que interrompeu o ciclo de quedas consecutivas verificado nos dois meses anteriores. Em relação a outubro de 2004, foi constatada alta de 12,7%. No acumulado de janeiro a outubro de 2005, a inadimplência de pessoas jurídicas cresceu 14,4% ante igual período de 2004. Na avaliação da Serasa, a somatória da redução no ritmo da atividade econômica com o nível ainda elevado das taxas de juros contribuiu para "restringir a capacidade das empresas em honrar seus compromissos, e por conseqüência, aumentar a inadimplência nos períodos analisados". O Indicador Serasa de Inadimplência considera registros de cheques devolvidos, títulos protestados e dívidas vencidas com instituições financeiras. Em outubro de 2005, os títulos protestados mantiveram a maior participação (41,0%) na inadimplência de pessoas jurídicas e atingiram valor médio de R$ 1.406,42 no acumulado do ano. Apresentaram, porém, queda nesse porcentual, que era de 43,0% no mesmo mês de 2004. O segundo indicador em representatividade das empresas foi o dos cheques sem fundos, que teve peso de 38,9%, o mesmo de outubro do ano passado, e valor médio de R$ 1.227,20. Com a menor participação (20,1%), mas "crescendo a cada ano", de acordo com a Serasa, ficaram as dívidas registradas com os bancos, num resultado superior à participação de outubro de 2004, que foi de 18,1%. O valor médio no acumulado do ano foi de R$ 3.196,85. A empresa de análise de crédito informou ainda que, em relação ao período de janeiro a outubro de 2004, houve um aumento de 2,7% no valor médio das dívidas com cheques sem fundos e de 5,7% no valor médio das anotações de protestos. Quanto às dívidas com bancos e financeiras, foi constatada alta de 14,8% na mesma base de comparação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.