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Inadimplência das empresas cresce 4,7% no 1º bimestre

Por Ana Luísa Westphalen
Atualização:

A inadimplência das empresas cresceu 4,7% no primeiro bimestre de 2008, na comparação com os dois primeiros meses do ano passado, segundo o Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Jurídica, divulgado hoje. Na avaliação da Serasa, o avanço está ligado à expansão da tomada de crédito para investimento e para capital de giro, incentivada pelo crescimento da atividade econômica em 2007. "Além disso, com o aumento do emprego formal, as empresas tiveram maiores gastos com o 13º salário, e muitas recorreram a recursos de terceiros", explica. Outro fator que motivou a alta foram as elevadas vendas no final do ano passado, que obrigam as empresas a recomporem seus estoques no início deste ano. No primeiro bimestre de 2008, os títulos protestados lideraram o ranking de representatividade da inadimplência das empresas, com uma participação de 42,5% no indicador. Em segundo lugar estão os cheques devolvidos, com participação de 38,3% e, fechando o ranking, aparecem as dívidas com os bancos. Entre janeiro e fevereiro deste ano, as pendências com instituições financeiras representaram 19,2% da inadimplência das empresas. O indicador da Serasa revela ainda que o valor médio das dívidas com os bancos foi de R$ 4.432,87 no primeiro bimestre de 2008, com alta de 9,4% na comparação com o mesmo período de 2007. Quanto aos títulos protestados, o valor médio obtido no acumulado de janeiro a fevereiro deste ano foi de R$ 1.407,79, com elevação de 0,6% na relação com o primeiro bimestre de 2007. Já o valor médio dos cheques sem fundos foi de R$ 1.249,49, o que representou um crescimento de 7,8% na mesma base de comparação. Fevereiro O Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Jurídica apurou em fevereiro de 2008 um recuo de 11,3% na inadimplência de empresas na comparação com janeiro. A queda se deve ao número reduzido de dias úteis do segundo mês do ano, segundo a Serasa. Quanto à variação entre fevereiro de 2008 e de 2007, o indicador apontou alta de 7,1% na inadimplência das pessoas jurídicas.

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