PUBLICIDADE

Inadimplência das empresas sobe 16,3% em março

Foto do author Circe Bonatelli
Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:

A inadimplência das empresas brasileiras cresceu 16,3% em março ante fevereiro, a maior alta mensal em um ano, de acordo com pesquisa divulgada hoje pela Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito. Apesar da elevação mensal acentuada, o levantamento também mostrou que a inadimplência teve queda de 0,6% em março ante o mesmo mês do ano passado. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2011 e o mesmo período de 2010, a inadimplência das empresas teve alta de 1,5%.Segundo a pesquisa, a forte alta de 16,3% da inadimplência em março ante fevereiro foi determinada pelo aumento de 27,8% na quantidade de cheques devolvidos por falta de fundos, além do crescimento de 11,8% das dívidas de pessoas jurídicas com bancos e da alta de 9,1% nos títulos protestados.Para os economistas da Serasa Experian, a capacidade de pagamento das empresas tem sido influenciada pelo ciclo de elevação dos juros, pela valorização do real e pela inflação crescente. Por outro lado, a entidade avalia que a atividade econômica ainda aquecida tem atenuado esses fatores, por meio da expansão do consumo privado e de seus reflexos positivos sobre o caixa das empresas. "Este equilíbrio de forças levou a inadimplência das empresas a apresentar ligeira elevação de 1,5% no primeiro trimestre de 2011", destacaram os economistas da Serasa Experian, em comunicado.De acordo com a pesquisa, a leve alta no primeiro trimestre foi puxada pelo crescimento de 1,7% da inadimplência das micro e pequenas empresas e pela alta de 1,7% entre as grandes. A falta de pagamento por parte das médias empresas recuou 3% no período.DívidasO indicador da Serasa Experian considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas com instituições financeiras já vencidas. No primeiro trimestre, o valor médio das dívidas de empresas com bancos foi de R$ 5.129,52, o que representou uma alta de 6,8% ante o mesmo período de 2010. Os títulos protestados tiveram o valor médio de R$ 1.687,86, elevação de 8,4%, enquanto os cheques sem fundos apresentaram valor de R$ 2.029,13, uma alta de 2,7%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.