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Inadimplência de empresas cresce 15,4% neste ano

Em setembro de 2005, os títulos protestados tiveram a maior participação (40,6%) na inadimplência de pessoas jurídicas, mas apresentaram queda nesse porcentual, que era de 43,1% no mesmo mês de 2004 e de 48,3% em setembro de 2003.

Por Agencia Estado
Atualização:

Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Serasa apontou que a inadimplência das empresas no País caiu 5,7% em setembro, na comparação com agosto, mês que havia registrado redução de 14,9% ante julho. Em relação a setembro de 2004, porém, a inadimplência de pessoas jurídicas apresentou aumento expressivo, de 25,7%. Entre janeiro e setembro de 2005, houve elevação de 15,4% sobre o mesmo período do ano anterior. Segundo a equipe econômica da Serasa, a queda na comparação entre setembro e agosto deste ano foi motivada pelo crescimento da atividade industrial, "ao longo de 2005", associado à interrupção do ciclo de alta da taxa básica de juros, pelo Banco Central. Já o aumento verificado entre os meses de setembro de 2004 e 2005, foi, de acordo com a companhia de análise de crédito, influenciado pelo maior endividamento das empresas, além do ainda elevado nível da Selic, a taxa básica de juros da economia. O Indicador Serasa de Inadimplência considera registros de cheques devolvidos, títulos protestados e dívidas vencidas com instituições financeiras. Em setembro de 2005, os títulos protestados tiveram a maior participação (40,6%) na inadimplência de pessoas jurídicas, mas apresentaram queda nesse porcentual, que era de 43,1% no mesmo mês de 2004 e de 48,3% em setembro de 2003. O segundo índice na representatividade da inadimplência foi o de cheques sem fundos (39,3%), superior aos indicadores verificados nos mesmos meses de 2004 (38,9%) e 2003 (37,2%). A menor participação de setembro (20,1%) ficou por conta das dívidas registradas com os bancos. O resultado foi superior aos de 2004 e 2003, quando alcançou 18% e 14,5%, respectivamente. No acumulado de janeiro a setembro de 2005, o valor médio das anotações de cheques sem fundos da pessoa jurídica atingiu R$ 1.211,62. O de títulos protestados registrou R$ 1.411,93 e o valor médio das dívidas registradas com os bancos foi de R$ 3.217,06.

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