Publicidade

Inadimplência de empresas fecha com alta de 5,4% em 2006

Balanço do Serasa mostra que cheques sem fundos lideram a lista de inadimplência de pessoa jurídica, com 39,3%, seguido por protestos, com 39,2%

Por Agencia Estado
Atualização:

A inadimplência por parte das empresas cresceu em 2006. É o que informa o Indicador Serasa de Inadimplência, divulgado nesta quarta-feira, que apontou alta de 5,4% no ano passado, em relação a 2005. No mês de dezembro, o Indicador registrou aumento de 5,8% ante novembro. Entretanto, o último mês de 2006 mostrou queda de 5% na inadimplência das empresas em comparação com o mesmo mês de 2005. Para os analistas da Serasa, apesar de o Indicador de Inadimplência de pessoa jurídica ter encerrado 2006 com crescimento de 5,4% frente a 2005, o resultado foi inferior à evolução do volume de crédito no mesmo período comparativo (alta de 22,1%). "O menor crescimento da inadimplência ante o volume de crédito concedido deveu-se à expansão da atividade econômica, sustentada pelo aumento da renda real, do emprego e da redução da taxa básica de juros (Selic)", avaliam os analistas. Entretanto, ainda para os analistas, a queda da inadimplência verificada no mês de dezembro em relação ao mesmo mês de 2005 decorreu da melhor atividade econômica em 2006, "que impulsionou o mercado interno por meio do aumento do consumo, da produção, do emprego e da renda". Os cheques sem fundos, segundo a Serasa, lideram a lista em representatividade na inadimplência de pessoa jurídica, com 39,3% em dezembro de 2006. No mês anterior o porcentual ficou em 39,5%. Protestos aparecem logo em seguida com 39,2%, mesmo peso de novembro. Em terceiro lugar na representatividade do Indicador aparece as dívidas com bancos, com participação de 21,5% em dezembro, porcentual ligeiramente acima do registrado em novembro (21,3%). De acordo com o levantamento da Serasa, de janeiro a dezembro de 2006, o valor médio das anotações de títulos protestados das pessoas jurídicas ficou em R$ 1.400,29. Já os cheques sem fundos registraram valor médio de R$ 1.223,51, e as dívidas com bancos ficaram, na média, em R$ 3.714,24.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.