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Inadimplência de pessoa física cresce em novembro

Em novembro de 2005, os cheques sem fundos voltaram a apresentar a maior participação (38%) entre as pessoas físicas, com valor médio de R$ 533,35 das anotações negativas no acumulado do ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

A inadimplência dos consumidores do País em novembro cresceu 13,7% sobre o mesmo período do ano passado e aumentou 6% ante outubro de 2005, mês em que havia registrado elevação de 12,4% frente a setembro. Os números foram divulgados nesta segunda-feira pela Serasa e apontaram ainda elevação de 13,4% nos primeiros 11 meses de 2005 sobre o período entre janeiro e novembro de 2004. De acordo com os técnicos da Serasa, a inadimplência está crescendo em ritmo "bem menor" que o da evolução do crédito. A avaliação é de que, em 2005, o crédito às pessoas físicas tem sido influenciado pela expansão do crédito consignado e do crédito para aquisição de bens. Nos dez meses deste ano (último dado disponível oficialmente para a Serasa), o saldo de concessões do crédito consignado aumentou 76,8%, enquanto o crédito para aquisição de bens teve alta de 25,5%. Segundo a empresa, o crescimento observado no volume de crédito consignado aumenta, "ainda mais", a necessidade do consumidor tomar decisões mais conscientes, para evitar o acúmulo de dívidas que possam comprometer sua capacidade de honrar o pagamento de outros compromissos já assumidos. Ranking O Indicador Serasa de Inadimplência analisa registros de cheques devolvidos por falta de fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras, empresas do varejo, cartões de crédito e financeiras. Em novembro de 2005, os cheques sem fundos voltaram a apresentar a maior participação (38%) entre as pessoas físicas, com valor médio de R$ 533,35 das anotações negativas no acumulado do ano. O porcentual em novembro de 2004 foi de 33,2%. As dívidas com cartão de crédito e financeiras ocuparam o segundo posto, com participação de 31,4% e valor médio de R$ 264,87. A terceira maior participação (27,5%) foi do indicador dos registros de dívidas com os bancos, que tiveram valor médio de R$ 1.036,18. Os títulos protestados, que nos últimos meses mantiveram participação de 2%, permaneceram com a menor representatividade, mas em um maior nível, de 3,1%, e valor de R$ 753,20. Em novembro de 2004, os protestos tinham um peso de 2,8%. Em relação ao período de janeiro a novembro de 2004, houve um aumento de 16,2% no valor médio das anotações de cheques sem fundos e uma alta de 19,0% no valor das anotações de protestos. O valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras aumentou 9,2%, em relação aos 11 meses de 2004, e o valor das dívidas com os bancos apresentou alta de 9,2%.

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