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Inadimplência dispara na Grande São Paulo, aponta Fecomércio

Em março, aumento da indadimplência foi de 58,3%; cartão de crédito apareceu como grande vilão das finanças

Por Carolina Freitas e da Agência Estado
Atualização:

O índice de inadimplência entre os moradores da Região Metropolitana de São Paulo disparou em março, com um aumento de 58,3%. O porcentual de consumidores com contas em atraso passou de 12% em fevereiro para 19% em março, aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor de março da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) divulgada  nesta sexta-feira, 13. A Fecomercio considera inadimplente aquele que deixou de pagar uma dívida a partir do primeiro dia de atraso.

 

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A parcela de paulistas que tem alguma dívida, mesmo que o pagamento dela esteja em dia, também cresceu. A taxa de endividamento passou de 38% para 50% - um salto de 31,6%. O estudo contou com amostra de 2,2 mil entrevistados.

 

A inadimplência só ficou abaixo da média do mês entre os que ganham até três salários mínimos (até R$ 1.395). Nessa faixa, 13% estão com pagamentos vencidos. Nas demais, a inadimplência atinge 19% dos entrevistados.

 

O endividamento também ficou levemente inferior à média do mês entre os consumidores de baixa renda. Nesse segmento, 48% têm dívidas. O índice de endividamento chegou a 52% na classe média, entre os que recebem de quatro a dez salários mínimos (de R$ 1.860 a R$ 4.650).

 

O cartão de crédito apareceu como o grande vilão das finanças, responsável por 44% das dívidas. Em seguida, vêm crédito consignado (31%), carnê (23%), cheque pré-datado (17%), cheque especial (16%), financiamento de carro (7%) e de casa (2%).

 

Cautela

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Num cenário de incertezas diante da crise econômica mundial, os consumidores paulistas pretendem segurar a contração de novas dívidas. Segundo o estudo, 86% não planejam pegar qualquer outro empréstimo nos próximos meses. Até porque, 5% acreditam que não terão como pagar as dívidas nos próximos meses. Além disso, 34% dos pesquisados têm débitos com prazo de quitação de mais de um ano e 35% já estão com as contas atrasadas há mais de 90 dias.

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