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Inadimplência do consumidor cresce 10,2% em julho

Por Agencia Estado
Atualização:

A inadimplência dos consumidores brasileiros apresentou alta de 10,2% em julho ante o mesmo mês de 2004, conforme levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Serasa. A empresa de análise de crédito justificou que o comportamento foi motivado pelo elevado endividamento da população, "fruto da expansão do crédito financeiro às pessoas físicas e do expressivo crescimento da aquisição de bens de consumo duráveis, por meio dos financiamentos da rede varejista". Nos primeiros sete meses de 2005, o estudo da Serasa apontou alta de 13,2% na inadimplência, em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia destacou ainda que as elevadas taxas de juros do crédito ao consumidor também contribuíram para este resultado. Quanto à comparação entre julho e junho de 2005, a Serasa informou que houve queda de 3,7%, num movimento que confirma o recuo de 3%, constatado na comparação junho-maio. "A redução nas taxas de desemprego e o aumento da renda real, conseqüências das menores taxas de inflação, contribuem para a queda observada no indicador em junho e julho deste ano", observaram os técnicos da empresa. O Indicador Serasa de Inadimplência analisa registros de cheques devolvidos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras, empresas do varejo, cartões de crédito e financeiras. Em julho, os cheques sem fundos apresentaram a maior participação (36,3%) entre as pessoas físicas, com valor médio de R$ 528,66 das anotações negativas - resultado 20,9% superior ao valor verificado em julho de 2004. O segundo maior índice (33,9%) na representatividade do indicador ficou por conta das dívidas com cartão de crédito e financeiras, com valor médio de R$ 254,59. A terceira maior participação (28%) foi do indicador dos registros de dívidas com os bancos, que tiveram valor médio de R$ 1.029,49. Os títulos protestados, com 2% de representatividade e valor de R$ 736,17, tiveram a menor participação entre as modalidades pesquisadas, comportamento que continua neste porcentual há cerca de três anos.

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