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Incerteza volta aos mercados

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois do feriado de ontem nos Estados Unidos, hoje os mercados norte-americanos funcionarão até às 16:00 de Brasília. Com isso, novamente espera-se que o volume de negócios seja baixo. Além disso, a greve argentina, que contou com ampla adesão, continua até à meia-noite de sábado, o que aumenta as tensões em relação à implementação das medidas econômicas de contenção do rombo nas contas do governo. O Fundo Monetário Internacional (FMI) condiciona a concessão de pacote de ajuda econômica, estimado pelo mercado em US$ 20 bilhões, à implementação de todas as medidas anunciadas pelo presidente Fernando de la Rúa. O mercado, por sua vez, espera a conclusão da negociação do pacote entre o FMI e o governo argentino para poder operar mais tranqüilo, sem o fantasma de um calote e uma crise ainda mais grave, que traria conseqüências graves para o Brasil. Enquanto nenhuma decisão final é anunciada, a cautela predomina, com poucos negócios e investidores suscetíveis à boataria. Ontem o diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, esclareceu que a decisão de manutenção da Selic - a taxa básica referencial da economia - em 16,5% ao ano anunciada após a reunião de quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) deveu-se a seis razões. Todas são fatores que compõem a conjuntura externa: a continuidade da elevação dos preços do petróleo e da crise na Argentina, as incertezas em relação à desaceleração da economia norte-americana, que pode estar entrando em recessão, a desvalorização do euro, a crise no Oriente Médio e a forte oscilação experimentada pelas bolsas de valores. A decisão reforça a cautela do mercado em relação ao cenário internacional.

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