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Indenizações garantem lucro à Eletrobrás

Contabilização do dinheiro que será pago pelo governo pela renovação dos contratos de concessão em 2012 deu à estatal ganho de R$ 12,7 bilhões

Por Luciana Collet (Broadcast)
Atualização:

A estatal de energia Eletrobrás teve lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 12,7 bilhões no segundo trimestre, ante um prejuízo de R$ 1,36 bilhão no mesmo período de 2015. O resultado positivo foi influenciado principalmente pela contabilização de indenizações bilionárias que a companhia receberá a partir de 2017.

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A definição de regras para que a Eletrobrás receba a partir do próximo ano bilhões em indenizações por ter renovado antecipadamente e com receita menor contratos de concessão de ativos de transmissão de suas subsidiárias no final de 2012 gerou impacto líquido de R$ 17,04 bilhões no segundo trimestre.

Também influenciou positivamente no trimestre a reversão de uma provisão de R$ 1 bilhão referente a processos judiciais, que teve efeito líquido de R$ 394 milhões no resultado do exercício.

Por outro lado, a companhia realizou uma provisão de R$ 4,09 bilhões referente a baixa contábil na usina nuclear de Angra 3.

Segundo a Eletrobrás, a baixa feita em Angra 3 pode ser explicada pela nova postergação na data prevista para início de operação da usina, atualmente com obras paradas, que passou para dezembro de 2022, que aumenta o orçamento do empreendimento.

Custos. O novo presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior, salientou alguns dos desafios a serem enfrentados pela nova administração da companhia, entre os quais a redução de custos. Esse é um dos itens do plano diretor de negócios e gestão da estatal para o quinquênio 2016-2020.

Também constam na lista de diretrizes do atual planejamento estratégico o aprimoramento do modelo de negócios, governança e gestão das empresas do grupo, contemplando uma adequação das estruturas societária e organizacional; a padronização dos sistemas de informação corporativo para apoiar o novo modelo de gestão empresarial; a revisão dos investimentos e o fortalecimento da gestão de investimentos; o recebimento de nova parcela de indenizações de geração e transmissão referente aos ativos que tiveram suas concessões renovadas em 2012.

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O executivo citou, ainda, a reestruturação do negócio de distribuição de energia, com a transferência dos controles das subsidiárias.

A Eletrobrás, que optou por não renovar a concessão de suas distribuidoras, deixando o segmento, deverá ainda assim focar na melhora operacional e no aumento de produtividade e eficiência dessas empresas pelos próximos 12 meses. “Isso pode torná-las mais atrativas a qualquer interessado. São empresas com grande potencial de crescimento, mas têm de ter operação mais eficiente para se aproximar das demais distribuidoras do País.” /COM REUTERS

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