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Índice de confiança do consumidor recua 9% em junho em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O consumidor de menor poder aquisitivo não está vendo, pelo menos por enquanto, a melhora econômica que os analistas do mercado financeiro estão enxergando, até como justificativa para a manutenção da taxa de juros. Foram os mais pobres que mais contribuíram para a queda de 9,08% no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) no mês de junho, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). Com a redução do grau de confiança do consumidor, o ICC caiu de 124,4 pontos em maio para 113,1 pontos em junho, uma redução de 11,3 pontos. O Índice obedece uma escala que varia de zero a 200 pontos, sendo que uma pontuação abaixo de 100 é classificado pelas duas entidades como um quadro pessimista. "A queda do índice foi puxada, principalmente, pela redução da confiança dos consumidores de menor poder aquisitivo. O ICC de junho, relativo às pessoas com renda de até 10 salários mínimos caiu 12%, enquanto entre os que ganham acima de 10 salários a retração foi bem menor, de 3%", afirmam os técnicos da Assessoria Econômica da Fecomercio. Motivos Os economistas da Fecomercio indicam três fatos que ajudaram a derrubar a confiança do consumidor em junho, fazendo com que o índice registrasse a segunda pior marca do ano, atrás apenas do resultado de abril (105,2). O primeiro fator e mais relevante, pois afeta diretamente a vida do consumidor, foi a divulgação da taxa de desemprego, que continua elevada nas regiões Metropolitanas ainda que o nível de atividade interna esteja se recuperando. A incapacidade de reversão deste quadro, acrescentam os economistas, cria uma insegurança, principalmente, em relação à situação presente. Outro aspecto indicado pelos economistas está relacionado ao mercado financeiro, que foi impactado pelas fortes oscilações da Bolsa de Valores e pelo aumento da taxa de câmbio, que forçou o Banco Central a agir para controlar a inflação. O terceiro fator citado pela Fecomercio foi a turbulência do cenário externo. "Neste aspecto está incluído a forte alta do preço do petróleo, o influência da guerra do Iraque nas eleições americanas, e as especulações e indefinições quanto à alta na taxa de juros dos EUA, além da apreensão em relação à desaceleração da economia chinesa.

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