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Índice de custo de vida em SP sobe a 0,53% em outubro

Elevações nos grupos Transporte, Habitação e Saúde impactaram na alta da inflação na capital paulista

Por Flavio Leonel
Atualização:

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) anunciou nesta quinta-feira, 5, que a taxa de inflação na capital paulista apresentou avanço entre setembro e outubro. Conforme apuração que o instituto realizou por meio do Índice do Custo de Vida (ICV), a inflação foi de 0,53% no mês passado, o que representou uma aceleração ante a elevação de 0,27% do indicador em setembro. Nos primeiros dez meses de 2009, o ICV acumula alta de 3,34% e, nos últimos 12 meses encerrados em outubro, a taxa acumulada atingiu o nível de 4%.No mês passado, os grupos Transporte (1,59%), Habitação (0,62%) e Saúde (0,59%) registraram as elevações mais expressivas e contribuíram, em conjunto, com 0,47 ponto porcentual no cálculo da taxa geral de 0,53%. O aumento nas despesas com Transporte foi decorrente da elevação dos preços dos combustíveis (4,02%), resultado do avanço tanto no álcool (12,87%) quanto na gasolina (1,41%). Desta maneira, o Dieese apurou que o subgrupo Transporte Individual contribuiu sozinho com 0,24 ponto porcentual no cálculo do ICV.No grupo da Habitação, a elevação de 0,62% resultou de comportamento distinto nas taxas de subgrupos, como o de Locação, Impostos e Condomínio, com alta de 1,08%; e do subgrupo Operação do Domicílio, com aumento de 0,51%. No primeiro subgrupo, os itens com maiores taxas foram locação (0,92%) e condomínio (1,52%) que, juntos, contribuíram com 0,06 ponto porcentual no cálculo do ICV. Em Operação do Domicílio, o grande responsável pela taxa elevada foi o serviço de água/esgoto (2,18%), que apesar de ter a tarifa reajustada na segunda quinzena de setembro, ainda incidiu sobre a taxa de outubro com 0,05 ponto porcentual.Quanto ao grupo Saúde, o Dieese apurou que o aumento de 0,59% foi motivado pelo conjunto de reajustes aplicados à assistência médica (0,80%), notadamente nos seguros e convênios médicos (0,93%). Na corrente contrária, os medicamentos e produtos farmacêuticos apresentaram queda de 0,22% em seus preços no mês passado.Já em relação aos demais grupos pesquisados pelo Dieese, foram observadas em outubro altas em Alimentação (0,15%), Vestuário (0,19%), Despesas Diversas (0,45%), Recreação (0,23%), Educação e Leitura (0,06%) e Despesas Pessoais (0,01%). O único grupo que apresentou queda (de 0,03%) no período foi o de Equipamento Doméstico.

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