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Índice de produção industrial cai em agosto, diz CNI

A produção e o número de empregados mantiveram tendência de queda, o nível de estoques permaneceu acima do nível planejado pelas empresas e a ociosidade continuou elevada

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Por Sandra Manfrini
Atualização:

BRASÍLIA - A atividade industrial manteve a trajetória de queda em agosto, mês em que a atividade do setor costuma se intensificar para atender as vendas de fim de ano. A pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta quarta-feira, 23, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que o índice de evolução da produção atingiu 42,7 pontos no mês ante 44 pontos registrados em julho. Os indicadores da pesquisa variam no intervalo de zero a 100, sendo que valores abaixo de 50 indicam evolução negativa.

Segundo a pesquisa, produção e número de empregados mantiveram tendência de queda, o nível de estoques permaneceu acima do nível planejado pelas empresas e a ociosidade continuou elevada. O indicador que mede o estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 53 pontos ante 52,3 pontos em julho, o que revela excesso. 

O mercado de trabalho na indústria teve mais um recuo no mês passado Foto: Alex Silva/Estadão

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Esse é o segundo ano consecutivo que o índice de evolução da produção fica abaixo dos 50 pontos em agosto, segundo a CNI. O mercado de trabalho na indústria teve mais um recuo no mês passado. O indicador de evolução do número de empregados registrou 41,2 pontos e permanece abaixo da linha divisória dos 50 pontos, indicando queda do emprego. 

Com relação à Utilização da Capacidade Instalada (UCI), o índice manteve-se estável em 66%. A pesquisa destaca, no entanto, que seria de se esperar que na passagem de julho para agosto houvesse um aumento do uso da capacidade instalada. Em 2011, 2013 e 2014, a UCI subiu dois pontos porcentuais entre julho e agosto e, em 2012, um ponto porcentual. O índice registrado em agosto deste ano é seis pontos porcentuais menor que o de agosto de 2014. 

Expectativas. As expectativas dos empresários da indústria continuam pessimistas. As perspectivas para os próximos seis meses são de redução da demanda, do número de empregados e das compras de matérias-primas. A exceção ficou com as expectativas para as exportações, que são de estabilidade na quantidade exportada, com 50,2 pontos.

A expectativa para demanda da indústria caiu de 46,3 pontos em agosto para 45,8 pontos em setembro. O índice que mede a expectativa de compra de matéria-prima também caiu de 44 pontos para 42,8 pontos no mesmo período de comparação. O indicador do número de empregados recuou de 42,2 pontos para 41,8 pontos. Também houve queda na intenção de investimento do empresário, de 40,5 pontos para 39,2 pontos. "O fraco desempenho da indústria aliado a expectativas negativas para os próximos meses reduziu ainda mais a disposição de investimentos dos empresários", destaca a CNI. 

Os indicadores relativos à expectativa também variam de zero a 100, sendo que valores abaixo de 50 indicam expectativa negativa. A pesquisa foi feita entre 1º e 14 de setembro, com 2.375 indústrias de todo o País.

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