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Índice decola 9,4% com socorro ao Citi e equipe de Obama

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

O pacote bilionário do governo norte-americano para salvar o Citigroup aliviou a tensão nos mercados internacionais, catapultando a Bolsa de Valores de São Paulo para a terceira maior alta do ano. Com uma disparada de 9,4 por cento, o Ibovespa chegou a 34.188 pontos nesta segunda-feira, apagando boa parte das perdas acumuladas ao longo das últimas cinco sessões. Mas o giro financeiro somou apenas 3,59 bilhões de reais. De acordo com profissionais do mercado, o anúncio de que o governo dos Estados Unidos vai capitalizar o Citigroup com uma injeção de 20 bilhões de dólares, para tentar salvar a instituição dos efeitos da crise financeira, colocou os investidores de volta na ponta compradora de ações. "Depois do colapso do Lehman Brothers, o mercado ficou em dúvida se o governo deixaria outros bancos quebrarem. Agora parece ter ficado claro que as autoridades estarão sensíveis a ajudar quem precisar", disse o superintendente da Banif Corretora, Raffi Dokuzian. Segundo ele, a disparada da bolsa paulista também é explicada pelo realinhamento dos preços das ações domésticas aos de Wall Street, que subiram fortemente no final da sexta-feira, em meio à divulgação de nomes da equipe econômica do presidente eleito, Barack Obama. "Já começamos o pregão defasados", afirmou. Assim como nos principais mercados internacionais, aqui o setor financeiro apareceu no topo da coluna de ganhos. Unibanco saltou 17,5 por cento, seguido pelo seu parceiro Itaú, com avanço de 15,9 por cento. A recuperação robusta e generalizada das commodities também deu impulso às blue chips da Bovespa. Na esteira da alta do barril do petróleo, Petrobras subiu 13,85 por cento, a 19,23 reais. Na mesma rota, Vale teve expansão de 13 por cento, a 23,44 reais. Entre as poucas baixas do dia, Eletropaulo caiu 2,55 por cento, para 26,70 reais, depois que o Supremo Tribunal Federal suspendeu uma liminar que mandava a companhia pagar dividendos no valor de 359,47 milhões de reais aos acionistas. (Edição de Daniela Machado)

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