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Índices acima do esperado e Argentina pressionam juros

Por Agencia Estado
Atualização:

A pressão sobre os juros futuros aumenta hoje numa reação aos indicadores mais relevantes para a política monetária, os de inflação. Pela manhã, a Fipe divulgou o IPC da primeira quadrissemana de janeiro, 0,46%, superando largamente as estimativas do mercado, de uma variação entre 0,20% e 0,30%. Há pouco, foi a vez do IPCA - índice que norteia o "inflation targeting" do Banco Central - surpreender para cima. O índice atingiu 0,65%, quando o mercado esperava de 0,3% a 0,5%. O resultado do IPCA atingiu quase o dobro da média das estimativas do mercado coletadas pelo BC, que era de 0,39%. Estes dois índices vieram em linha com o IGP-M da primeira prévia de janeiro, divulgado anteontem, e que também superou amplamente as expectativas. Para alguns analistas, que ainda esperavam os números de hoje para consolidar suas avaliações sobre a tendências dos preços, o Fipe e o IPCA foram uma pá de cal sobre as apostas de queda de juros na reunião do Copom deste mês. No caso da Fipe, que ganha peso nas expectativas por medir os preços já em 2002, um analista consultado pela Agência Estado observou que, ao contrário do IGP-M, que teve como vilão o impacto das chuvas nos preços agrícolas no atacado, na Fipe os aumentos foram mais generalizados. Com exceção de Saúde, todos os itens pesquisados registraram aumento em relação à pesquisa anterior. Além da inflação, a tensão na Argentina, onde há grande preocupação com o comportamento dos clientes e do mercado cambial na reabertura dos bancos após 21 dias de feriado bancário (às 10h na Argentina, às 11h no Brasil) também ajuda a manter o mercado cauteloso hoje.

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