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Índices dos EUA avançam, mas pregão é instável por abismo fiscal

Por ANGELA MOON
Atualização:

Os principais índices acionários norte-americanos fecharam em alta nesta quinta-feira, com investidores aproveitando baixas esporádicas para comprar em um mercado cuja direção foi ditada por comentários conflitantes de Washington sobre as negociações para se resolver o abismo fiscal. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 0,28 por cento, para 13.021 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,43 por cento, para 1.415 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,68 por cento, para 3.012 pontos. Ações do setor tecnológico, incluindo os papéis da fabricante de eletrônicos RIM e da fabricante de chips AMD, ajudaram o Nasdaq a registrar avanço maior que o dos outros índices. Telecomunicações e saúde foram os setores de melhor performance no pregão desta quinta-feira. As ações da RIM, fabricante do BlackBerry, subiram 4 por cento, para 11,54 dólares, após o Goldman Sachs elevar sua recomendação para o papel de "comprar" para "neutro" por otimismo antes do lançamento do smartphone BlackBerry 10. Refletindo as incertezas em relação às tratativas orçamentárias norte-americanas, as negociações foram instáveis em Wall Street. O mercado anulou os ganhos obtidos no início do dia e passou ao vermelho pouco após John Boehner, o republicano de mais alto escalão no Congresso, derrubar esperanças de que parlamentares estariam se aproximando de um acordo fiscal que evitasse uma possível recessão no ano que vem. No entanto, houve rebote nas últimas horas de pregão e os três principais índices acionários aproximaram-se um pouco mais de suas máximas intradia. "Há um componente emocional em comprar nas pequenas baixas, nesse caso. Investidores estão mais preocupados com a perspectiva de perder o rali do que perder dinheiro, já que eles acreditam que o abismo fiscal será resolvido eventualmente", disse o gestor de portfólio do TEAM Asset Strategy Fund em Harrisburg, Pensilvânia, James Dailey. "Até que o abismo fiscal seja resolvido, a loucura da multidão não vai retroceder", acrescentou. Discussões no Congresso têm o objetivo de evitar grandes cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos, conhecidos como abismo fiscal, que passariam a valer a partir de janeiro.

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