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Índices dos EUA fecham quase estáveis após Fed alertar sobre abismo fiscal

Por CAROLINE VALETKEVITCH
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As ações dos Estados Unidos fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira, anulando a maior parte dos ganhos do dia após o chairman do Federal Reserve, banco central norte-americano, Ben Bernanke, reiterar que política monetária não será suficiente para compensar os danos do "abismo fiscal". Suas declarações se seguiram ao anúncio de um novo plano de estímulo do Fed, que brevemente elevou o S&P 500 a uma máxima em sete semanas. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,02 por cento, para 13.245 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,05 por cento, para 1.428 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,28 por cento, para 3.013 pontos. A medida do Fed, a mais recente tentativa de impulsionar a economia dos EUA, vai substituir um programa mais modesto que expira no final deste mês por uma nova rodada de compra de treasuries, ampliando o portfólio da autoridade monetária. A ação é conhecida como "quantitative easing", ou QE. Em declarações após o anúncio, Bernanke disse esperar que os mercados não tenham de despencar para que se chegue a um acordo para resolver o abismo fiscal. "Inicialmente, a adição de QE era certamente favorável. Eu acredito, no entanto, que o que ficou aparente na coletiva de imprensa é que ainda há um nível de incerteza em relação à estratégica de saída (e) a eficácia da atual política monetária", disse o vice-presidente sênior do BB&T Wealth Management, Bucky Hellwig. "Ele reiterou o fato de que a política monetária tem suas mãos atadas quanto a lidar com a seriedade do abismo fiscal". O índice financeiro do S&P 500, que chegou a subir 1 por cento após o anúncio do Fed, fechou com alta de apenas 0,4 por cento. A ação do Wal-Mart foi a que mais exerceu peso sobre o Dow Jones, perdendo 2,8 por cento para 68,94 dólares após o governo indiano anunciar um inquérito sobre a companhia.

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