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Indusparquet embarca piso de madeira para a Ásia

O embarque faz parte de um contrato que prevê o fornecimento de 40 mil metros quadrados de pisos de cumaru para o arranha-céu Sail Marina, com 245 metros quadrados

Por Agencia Estado
Atualização:

Na contramão de uma tendência, já que a China tem inundado o mercado brasileiro com móveis e produtos de madeira, a Indusparquet, de Tietê, interior de São Paulo, despachou esta semana os primeiros contêineres de pisos de madeira para Cingapura, na Ásia. O embarque faz parte de um contrato que prevê o fornecimento de 40 mil metros quadrados de pisos de cumaru para o arranha-céu Sail Marina, com 245 metros quadrados. A obra, da construtora francesa Bouygues Batimet, fica pronta em 2008 e será o maior edifício residencial do continente. O gerente comercial da empresa, Flávio Augusto Ferraz, viajou para acompanhar a chegada da madeira. Ele espera retornar com a perspectiva de novos negócios. "Há uma forte demanda mundial pelas madeiras brasileiras", disse. Recentemente a empresa firmou contrato com a Louis Vuitton para fornecer o mesmo piso de cumaru para as 350 lojas da marca francesa. Este ano, segundo Ferraz, a Indusparquet deve exportar 2,5 milhões de metros cúbicos de madeira maciça, 35% a mais do que no ano passado. A expectativa, segundo ele, é de manter o crescimento entre 30% e 40% em 2007. A empresa é a maior fabricante brasileira de pisos de madeira maciça e exporta 80% da produção para 23 países. No ano passado, os Estados Unidos compraram 50,6% do total exportado. A Europa absorveu 15,4% e a América Latina, 8,6%. Um dos motivos da forte presença nos mercados americano e europeu, segundo ele, é que a empresa trabalha com madeira oriunda de manejo florestal. "A Alemanha, nosso segundo mercado, é extremamente exigente na questão ambiental." O preço médio do piso de espécies nobres, como ipê, jatobá, cabreúva e o próprio cumaru, oscila entre US$ 30 e US$ 35. A empresa desenvolveu um sistema de aproveitamento total da madeira, usando cortes normalmente descartados. Também está investindo na produção de piso de qualidade a partir de madeira considerada pouco nobre, o eucalipto.

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