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Indústria aponta queda nas vendas em outubro; empregos crescem

O número de empregos na indústria subiu 1,80% em outubro com relação ao mesmo mês de 2004, mas se manteve estável perante setembro (+0,09%).

Por Agencia Estado
Atualização:

As vendas reais na indústria de transformação caíram 2,51% em outubro em relação ao mesmo mês do ano anterior e 0,91% ante setembro. No entanto, houve recuperação no número de horas trabalhadas na produção, com crescimento de 2,03% em outubro ante o mesmo mês de 2004 e de 0,95% em relação a setembro. Já o nível de utilização da capacidade instalada dessazonalizado (levando em conta efeitos temporais) ficou em 81,1% em outubro, taxa maior que em setembro, quando foi de 80,7%, mas abaixo do registrado em outubro de 2004, de 83,9%. O número de empregos na indústria subiu 1,80% em outubro com relação ao mesmo mês de 2004, mas se manteve estável perante setembro (+0,09%). No acumulado do ano (janeiro a outubro), o número de postos de trabalho cresceu 4,83% em relação ao mesmo período de 2004. Os salários líquidos reais pagos pelo setor industrial também registraram uma recuperação de 6,98% ante outubro de 2004 e de 0,53% em relação a setembro. Os salários acumulam alta de 8,57% de janeiro a outubro de 2005. As vendas reais no ano, apesar das sucessivas quedas nos últimos meses, ainda registram alta 2,28%, enquanto as horas trabalhadas cresceram 5,26%. Dados ainda não definem tendência Os indicadores industriais divulgados hoje pela CNI mostram que há um aprofundamento da queda do faturamento industrial com tímida recuperação das variáveis atreladas à produção, como número de horas trabalhadas. O documento explica que essa diferença pode sinalizar duas possibilidades: ou o nível de estoques cresceu em outubro, ou a valorização do real reduziu o faturamento em reais das empresas exportadoras. A CNI não descarta que possa haver uma conjugação dos dois fatores. "Se de fato for aumento de estoques é sinal de ajuste no nível produtivo à frente, a menos que a demanda se expanda rapidamente", diz o documento. Por outro lado, a CNI avalia que se for estritamente o efeito do câmbio isso pode restringir novos investimentos e comprometer o crescimento futuro da economia.

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