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Indústria automotiva argentina tem o melhor ano

Por ARIEL PALACIOS
Atualização:

A indústria automotiva argentina teve em 2007 o melhor ano de sua história. Segundo a Associação de Fabricantes de Automóveis (Adefa), as montadoras instaladas no país produziram 544.647 unidades, o equivalente a um aumento de 26% em relação a 2006. Além disso, é o maior volume de produção desde 1959, ano em que começou a indústria automotiva argentina. O recorde prévio ocorreu em 1998, quando - em plena Conversibilidade Econômica - a produção chegou a 457.957 unidades. No meio da crise, em 2002, com a economia paralisada e a pobreza alastrando-se rapidamente, o setor teve o pior ano em quatro décadas e somente fabricou 100 mil unidades. Mas, as más notícias não tiveram chance em 2007. Com o recorde, as montadoras já anunciaram que investirão no país um total de US$ 3 bilhões nos próximos dois anos. De quebra, as montadoras também conseguiram um substancial peso político. O setor foi paparicado ostensivamente pelo ex-presidente Néstor Kirchner. Essa relação intensificou-se desde a posse de Cristina Kirchner, sua sucessora, há um mês. Ela designou o ex-presidente da Iveco, Fernando Fraguío, como Secretário de Indústria. Outro ex-presidente da entidade, Luiz Ureta Sáenez Peña, também presidente da Peugeot-Citröen, foi colocado como embaixador na França. O peso das montadoras na economia argentina tem motivos de sobra, já que o setor é responsável por 19,8% do Produto Bruto Industrial, além de 36,1% das exportações de manufaturas de origem industrial. O setor fatura US$ 14,96 bilhões e gera 121 mil empregos. Além disso, paga US$ 2,57 bilhões em impostos. Vendas O setor automotivo também bateu recordes históricos de vendas no mercado interno, com um total de 564.926 unidades. Além de atender o mercado interno, as montadoras dedicam-se intensamente a conquistar novos mercados. No ano passado, as exportações chegaram a 316.410 automóveis, dos quais 62% foram destinados ao Brasil. Em segundo lugar ficou o México, com 12,7%; a Venezuela em quarto posto, com 6%, e o Chile, em quinto, com 5,1% das compras de automóveis. No total, as montadoras instaladas na Argentina exportaram para 86 países. Perspectivas As montadoras estão utilizando somente 55% de sua capacidade instalada. O setor espera que em 2010 - ano do bicentenário da Revolução de Mayo (que deu início ao processo de independência) - as montadoras cheguem à marca de produção de 750 mil unidades. Alguns executivos das montadoras, mais otimistas, afirmam que até seria possível chegar à faixa de 1 milhão de unidades.

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