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Indústria cresce pouco e Fiesp critica Copom

Por Agencia Estado
Atualização:

O Indicador do Nível de Atividade (INA) da indústria paulista teve uma variação positiva de 0,5% em abril em comparação com março, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na comparação com abril do ano passado, o indicador registrou estabilidade. Mesmo apresentando crescimento, o INA não reverteu a desaceleração da atividade industrial este ano. De janeiro a abril, o INA registra queda de 2,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Diante desse desempenho, a Fiesp voltou a criticar a decisão do Copom de manter a Selic em 18,5% ao ano. Ontem o BC divulgou a ata da reunião da semana passada, que manteve o juro básico (taxa Selic) inalterado. "Li a ata e lá estão colocadas todas as condições para que houvesse uma redução dos juros", disse a diretora de pesquisas e estudos econômicos da entidade, Clarice Messer. "Nem o nível de atividade nem a volatilidade do câmbio estão comprometendo as metas de inflação", explicou. "_Também não estamos sob pressão de preços." Para a diretora da Fiesp, o Copom tomou conhecimento do ritmo da atividade mas, "na hora de tomar a decisão, deu muito pouco peso para isso". O ritmo da atividade industrial em São Paulo está prejudicado até pelo menos o primeiro trimestre do ano que vem, segundo ela. "Mesmo se o Copom cortar os juros no mês que vem, a atividade do primeiro trimestre de 2003 ainda estará um pouco comprometida". Clarice Messer disse que a indústria paulista só deverá iniciar uma recuperação mais consistente no segundo semestre e não descartou que o número de maio seja negativo. Segundo ela, o indicador de abril teve esse crescimento devido à sazonalidade, em especial a Copa do Mundo e as eleições gerais, eventos que acontecem só de quatro em quatro anos. "Se não houvessem essas sazonalidades, o crescimento do INA teria sido menor." O total de pessoal ocupado em abril cresceu 0,1% ante março. As horas médias trabalhadas cresceram 2,3%. Houve ainda recuperação, de 1,5%, do salário real médio pago pela indústria no período. O total de vendas reais apresentou alta de 5,5% e a utilização da capacidade instalada foi de 82,4%, em comparação com 82,1% no mesmo mês de 2001.

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