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Indústria critica alta da Selic e sugere corte de gasto público

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), disse hoje que a nova elevação da Selic, a taxa básica de juros da economia, decidida hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom), provocará desaceleração na atividade econômica do País. O presidente da CNI disse que, apesar da sinalização de elevação da taxa na última ata do Copom, ainda alimentava uma esperança de que a correção pudesse não passar de 0,25 ponto, após a divulgação do resultado do IPCA de janeiro. "Mais uma vez, a expectativa foi frustrada", lamentou. Agora, segundo Monteiro Neto, certamente o crescimento da economia será menor que o previsto. Mesmo assim, a indústria deverá apresentar crescimento, este ano. "A gente tem um impulso dinâmico de aceleração", afirmou. "O sinal é de uma redução de ritmo, não de parar". Ele insiste que a elevação da taxa de juros sozinha não basta para conter a inflação. "É preciso que haja, também, uma redução nos gastos do governo", afirma. "A CNI considera que os sacrifícios que estão sendo impostos à sociedade brasileira, com o desperdício de oportunidades para a retomada de um crescimento mais acelerado da economia, mostram a ineficácia da utilização exclusiva da política monetária para controlar a inflação", prossegue a nota. Indústria no RJ Os juros altos vão reduzir o ritmo de crescimento este ano e impor um custo acima do desejado sobre a economia, diz a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) em nota. A entidade lembrou que a taxa atingiu o patamar mais alto desde outubro de 2003. Segundo a Firjan, o aumento "é contra-indicado nesse momento em que há maior oferta de crédito e dilatação dos prazos de financiamento, sendo recomendável esperar os conhecidos efeitos de defasagem temporal das sucessivas altas da Selic sobre o controle da inflação".

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