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Indústria de SP acomoda-se em junho, mas 1o semestre positivo

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Por Redação
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A atividade industrial de São Paulo passou por uma acomodação em junho, mas registrou taxa significativa de crescimento no primeiro semestre. O desempenho deixa o setor no caminho para encerrar 2007 acima do patamar do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira. A atividade recuou 0,3 por cento em junho ante maio, com ajuste sazonal. Sem ajuste, houve queda de 3,0 por cento no nível da atividade, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado (Ciesp). "É uma acomodação, é algo que costuma acontecer. O crescimento nunca é uma linha contínua... Nesse mês (a indústria) andou de lado", disse Boris Tabacof, diretor de economia do Ciesp. Paulo Francini, diretor econômico da Fiesp, lembra que junho contou com um menor número de dias úteis, o que também colaborou para a taxa negativa. "Esse número não indica nenhum sinal de alerta." Frente a junho do ano passado, a atividade cresceu 3,1 por cento. As entidades mantiveram as projeções para a expansão da indústria paulista em 2007, em 4,5 por cento no caso do Ciesp e em 4,0 por cento na avaliação da Fiesp. No primeiro semestre, o setor acumulou crescimento de 4,0 por cento. Tabacof lembra que o segundo semestre costuma ser mais forte para a indústria, já que compreende as festas de final de ano. Segundo ele, para que a atividade encerre o ano com alta de 4,5 por cento, será necessária uma média mensal de crescimento de 1 por cento em relação a igual período de 2006. Em junho, os setores que menos produziram foram Móveis e indústrias diversas, com queda de 1,8 por cento sobre maio, com ajuste sazonal, e Veículos automotores, com baixa de 0,3 por cento. O primeiro foi influenciado pelo dólar baixo e o segundo sofreu, principalmente, com o menor número de dias úteis, segundo as entidades. A utilização da capacidade instalada da indústria paulista atingiu em junho 83 por cento, ante 82,6 por cento em igual mês de 2006 e 83,9 por cento de maio. As vendas reais do setor declinaram 0,6 por cento mês a mês, sem ajuste sazonal, mas subiram 1,6 por cento em relação a junho de 2006, acumulando no ano avanço de 4,2 por cento. (Por Vanessa Stelzer)

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