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Indústria dos EUA se recupera, mas perspectiva é ruim

Por BURTON FRIERSON
Atualização:

A produção industrial nos Estados Unidos se recuperou em outubro, após o impacto de furacões ter derrubado o desempenho de setembro, mas dados do início deste mês indicam que o setor voltou a sofrer. A produção cresceu 1,3 por cento no mês passado, mais que o esperado, após o dado revisado de setembro mostrar queda de 3,7 por cento --a pior em mais de 62 anos, segundo o Federal Reserve. Mas um dos indicadores mais adiantados de novembro sobre as condições no setor manufatureiro, o "Empire State", caiu a patamar recorde de baixa. "Os sinais indicam que o ciclo de dados de novembro deve ser extremamente fraco", destacaram analistas da RDQ em um relatório. Economistas ouvidos pela Reuters esperavam que a produção industrial tivesse crescido apenas 0,2 por cento em outubro, após a queda inicialmente divulgada de 2,8 por cento em setembro. O Fed informou que a revisão resultou, em parte, de uma estimativa maior dos impactos dos furacões Gustav e Ike sobre a indústria química. FRAQUEZA EM NY Em outro relatório, o Fed de Nova York informou que o índice "Empire State" caiu para -25,43 em novembro, o menor patamar desde a estréia do índice, em julho de 2001. Em outubro, a leitura havia sido de -24,62. O relatório mostra "um quadro nebuloso", disse David Ader, chefe da área de bônus no RBS Greenwich Capital. "Não é exatamente uma surpresa, mas uma confirmação e, por isso, não está tendo muita influência nos preços (no mercado de bônus)." Economistas consultados pela Reuters esperam um dado ainda mais fraco, de -26,10. O Fed de Nova York acrescentou que os indicadores de novas encomendas e embarques também recuaram para mínimas históricas. Os componentes de emprego e estoques caíram para o menor patamar desde o final de 2001. Assim como outros relatórios recentes, o do Fed de Nova York mostrou que a inflação diminuiu, o que pode dar ao banco central norte-americano espaço para continuar com a taxa básica de juros em nível baixo. O componente de preços pagos recuou pelo quarto mês consecutivo.

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