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Indústria espera crescimento menor no segundo semestre

A TODA CARGA  Capacidade instalada %         2002     2003     2004    janeiro 79,9  80,3  80,6   fevereiro 80,2  80,2  80,6   março 80,2  79,6  81,4   abril 81,6  79,8  81,2   maio 80,4  79,7  81,5   junho 80,1  79  82,6   julho 80,9  79  82,8   agosto 81,1  79      setembro 81  80,2      outubro 81,3  80      novembro 80,8  79,7      dezembro 80,3  80,4     Fonte: CNI

Por Agencia Estado
Atualização:

A indústria brasileira continuará crescendo no segundo semestre, mas os resultados não devem ser tão expressivos quanto na primeira metade do ano, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). As vendas reais da indústria de transformação em julho, por exemplo, descontados os fatores sazonais do mês, tiveram a primeira queda nos últimos 12 meses, com uma diminuição de 3,31% em comparação a junho. O dado interrompeu uma seqüência de quatro meses com crescimento médio mensal de 2,65%. "Em agosto o indicador deve voltar a ser positivo mas não continuará no mesmo ritmo de crescimento dos últimos quatro meses", afirmou o coordenador da CNI, Flávio Castelo Branco, ao divulgar hoje os indicadores industriais de julho. Em julho, na comparação com julho de 2003, as vendas industriais cresceram 19,45%. O resultado é menor que o de junho, quando o crescimento foi de 27,8% na comparação com junho do ano passado. O economista reafirmou a previsão da CNI de um crescimento da produção industrial este ano de mais de 6% e do PIB, de 4,5%. O índice de utilização da capacidade instalada em julho quebrou mais um recorde e atingiu 82,8%. Castelo Branco previu que o indicador deverá continuar crescendo até outubro. O empresário disse que o debate sobre a necessidade de novos investimentos deve continuar. Segundo ele, estão sendo realizados investimentos, mas a CNI não tem um levantamento da intensidade deles. "O momento é de expansão da atividade econômica e do mercado externo", afirmou. "Não vejo com pessimismo ou como um fato alarmante o crescimento da utilização da capacidade instalada. Acho que serve de alerta para a necessidade de novos investimentos, mas não vejo isso como uma coisa ruim". Os dados da CNI mostram também que número de empregos na vem apresentando um crescimento consecutivo, entre janeiro a julho deste ano. Na comparação com dezembro de 2003, o total de empregos na indústria de transformação cresceu 4,11%, o que, segundo a CNI, dá uma média mensal de crescimento de 0,58% e uma taxa anualizada superior a 7%. Também a massa de salários pagos pela indústria cresceu 8,29% nos últimos 12 meses, na comparação com os 12 meses anteriores. "A recuperação do rendimento real realimenta o processo de recuperação do mercado doméstico", afirmou.

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