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Indústria está otimista, aponta pesquisa da FGV

Empresas ouvidas dizem que vão contratar mais e ampliar faturamento no ano que vem na comparação com 2010

Por Alessandra Saraiva e RIO
Atualização:

Puxada por um otimismo quanto à procura por bens duráveis, como automóveis e geladeiras, as intenções de novas contratações na indústria da transformação para 2011 são as melhores em cinco anos, segundo informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao anunciar a Sondagem de Investimentos da Indústria da Transformação. Das 829 empresas pesquisadas entre outubro e novembro, 43% informaram que vão elevar o contingente de pessoal ocupado no ano que vem, em comparação com o este ano. Este porcentual foi superior ao de 2009, para a mesma resposta (40%), e só não foi superior ao de 2005 (46%). O levantamento apurou ainda que 55% das empresas pesquisadas pretendem investir mais no ano que vem, o maior porcentual para esta resposta da série histórica da pesquisa, iniciada em 2005 e superior à registrada no ano passado (48%). O faturamento da indústria também deve crescer, na avaliação dos empresários: 72% acreditam em crescimento nas vendas do ano que vem, ante 69%, para esta mesma resposta em 2009. Aquecida. Para a FGV, as projeções da indústria da transformação pode ser comparadas com as registradas em 2007 para o ano de 2008, ano em que a economia brasileira estava bastante aquecida. Na avaliação do coordenador de Sondagens Conjunturais do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Aloisio Campelo, a indústria de bens duráveis está otimista com o atual aquecimento no mercado interno , bem como confiante na trajetória de continuidade no crescimento: "Podemos dizer que a indústria de bens duráveis está bem otimista."Um dos segmentos que está puxando as boas perspectivas, dentro de duráveis, é o de material de transportes, no qual está inserida a cadeia automotiva. Na indústria de material de transporte, 74% das companhias pesquisadas estimam alta de faturamento em 2011 ante 2010.

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