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Indústria mineira calcula prejuízos de R$ 90 milhões por dia com chuvas

Federação das Indústrias do Estado aponta que 17 mil empresas foram impactadas nas cidades que tiveram estradas interditadas. Somadas, elas empregam 225 mil pessoas

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Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - Além do número crescente de mortes e desabrigados pelas intensas chuvas em Minas Gerais nos últimos meses, a Federação das Indústrias do Estado (Fiemg) calcula um prejuízo diário de mais R$ 90 milhões para a economia com a paralisação das atividades e a interdição de estradas em todo o território mineiro, sendo um impacto de R$ 41 milhões apenas para o setor industrial. Somente nos dez primeiros dias de 2022, a estimativa é a de que as perdas possam ultrapassar R$ 1,1 bilhão -equivalentes a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

Moradora limpa a rua depois de tempestade em Raposos, Minas Gerais; chuvas estão também causando prejuízo financeiro à industria local Foto: Washington Alves/ Reuters - 13/1/2022

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De acordo com a Defesa Civil, entre de 1º de outubro de 2020 a 13 de janeiro deste ano, foram registrados 25 óbitos em decorrência das fortes chuvas. Além disso, 4.047 pessoas foram desabrigadas e outras 26.492 foram desalojadas. Dos 853 municípios mineiros, 374 já decretaram situação de emergência.

A Fiemg aponta que 17 mil empresas foram impactadas nas cidades que tiveram estradas interditadas. Somadas, elas empregam 225 mil pessoas. Considerando apenas o setor industrial, foram 2.340 companhias afetadas, com cerca de 80 mil postos de trabalho. As chuvas também interromperam a operação de ferrovias no Estado, travando o escoamento de cargas para os portos do litoral.

A entidade destaca que o governo federal já destinou R$ 48 milhões em ajuda para os municípios mineiros, mas adianta que irá auxiliar as prefeituras no pedido por mais recursos para a reparação dos estragos causados pelos temporais. "Minas Gerais acessa poucos recursos do governo federal porque muitas vezes os municípios pequenos não têm infraestrutura para fazer a solicitação”, considerou o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe.

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