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Indústria nacional puxará crescimento das importações

A pauta de importações tem sido concentrada em produtos que favorecem à produção da indústria nacional, caso de insumos e matérias-primas utilizadas para a produção local, além de bens de capital, usados para expandir o parque industrial e/ou ampliar a produtividade das indústrias.

Por Agencia Estado
Atualização:

A média diária das importações até a quarta semana de setembro, no valor de US$ 299,8 milhões, ficou 9,5% acima da média de setembro de 2004, que fechou em US$ 273,9 milhões. No entanto, o valor é 10,2% menor que o da média de agosto deste ano, de US$ 333,7 milhões. O ministro interino de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, disse que o crescimento das importações, que neste ano, até a quarta semana de setembro, acumula alta de 20,1%, em relação ao mesmo período do ano passado, não preocupa o governo. Isso porque, explicou Ramalho, a pauta de importações tem sido concentrada em produtos que favorecem à produção da indústria nacional, caso de insumos e matérias-primas utilizadas para a produção local, além de bens de capital, usados para expandir o parque industrial e/ou ampliar a produtividade das indústrias. "A exportação está crescendo e vai continuar sendo muito bom, mas acreditamos que até o final do ano, com o crescimento da produção industrial, as importações possam crescer um pouco mais, o que é bom para a economia, dado o vínculo que existe entre produção industrial e importações no Brasil´, acrescentou. As exportações brasileiras registram crescimento em relação a setembro de 2004. De acordo com dados do Ministério, a alta foi de 22,6%. Em relação a agosto, as vendas externas cresceram 5,6%. A média diária passou de US$ 493,4 milhões em agosto para US$ 521,1 milhões em setembro, puxadas pelo crescimento das vendas de semimanufaturados (19,8%) e manufaturados (6,9%). As exportações de básicos mantiveram-se estáveis (-0,1%). Nessas circunstâncias, o ministro interino estimou que o crescimento das importações resultará, este ano, em geração de superávit comercial abaixo dos US$ 40 bilhões projetados hoje por grande parte do mercado financeiro. "Estamos acreditando que o superávit possa ser um pouco menor, mas não por sermos pessimistas, e sim por causa do crescimento industrial e maior demanda por importações", justificou. Balança comercial Na quarta semana de setembro, a balança comercial apresentou exportações de US$ 2,561 bilhões e importações de US$ 1,703 bilhão, resultando em superávit de US$ 858 milhões. As vendas externa totalizam US$ 8,338 bilhões no acumulado do mês, enquanto as importações somam US$ 4,797 bilhões. O saldo comercial no mês é de US$ 3,541 bilhões. No ano, as vendas externas totalizam US$ 84,424 bilhões e as compras, US$ 52,535 bilhões, com superávit de US$ 31,889 bilhões.

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