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Indústria naval pode perder empregos e encomendas, diz Mercadante

Ministro ressaltou que as dificuldades do setor permanecem, mas que o pré-sal é uma garantia de futuro para a indústria

Por Rachel Gamarski
Atualização:
Ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

BRASÍLIA - O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira, 5, que a indústria naval pode enfrentar uma dura crise, perder alguns empregos e encomendas, mas que tem potencial. Segundo ele, o câmbio agora está competitivo e, com isso, o País vai ganhar competitividade. O ministro permaneceu por mais de quatro horas na Comissão de Minas e Energia, na Câmara dos Deputados, para falar sobre a indústria naval. 

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Mercadante ressaltou que as dificuldades não passaram, mas que o setor deu um salto extraordinário e o pré-sal é uma garantia que a indústria tem para o futuro. "Não posso dizer que todos os estaleiros sobreviverão, mas os melhores ficarão", disse.

O ministro citou o caso da Sete Brasil - criada pela Petrobrás para construir sondas e que está envolvida na Operação Lava Jato - e disse que a empresa está bem condicionada, mas que precisará fazer um esforço para se capitalizar. Segundo o Mercadante, a reestruturação da empresa é compreensível em função do momento econômico que o País vive. 

Segundo ele, um estudo da Tendências Consultoria mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) do País terá um impacto de 0,4 ponto percentual da Operação Lava Jato referente à Petrobrás e mais 0,6 ponto percentual referente às outras empresas envolvidas no esquema de corrupção. 

Ainda de acordo com Mercadante, o Brasil precisa ser prudente no campo fiscal para baixar os juros, que têm sofrido um constante aumento pelo Banco Central. Ele ressaltou ainda que o combate à corrupção agrega ganhos de eficiência na gestão pública e que vai haver uma mudança na governança. "Temos que discutir e aprimorar a regulação", disse. 

Mercadante afirmou que o presidente da Petrobrás, Aldemir Bendini, deu um choque de credibilidade na empresa desde que assumiu o posto. Segundo Mercadante, o problema da estatal era em sua relação com o mercado e com sua governança, e não dificuldades técnicas. O ministro se comprometeu a fazer uma "ponte" entre a comissão de Minas e Energia e a Petrobrás.

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