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Indústria tem queda recorde no Japão

Recuo de 8,1% da produção em novembro é o maior da história

Por AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Atualização:

A produção industrial do Japão desabou 8,1% em novembro em relação a outubro, a maior queda já registrada na história do país nesse tipo de comparação. O dado, divulgado pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria hoje de manhã (horário local), reflete a derrocada das exportações japonesas em conseqüência da crise econômica mundial. Na medição ano a ano - que compara novembro de 2008 com igual mês de 2007 -, a produção industrial japonesa despencou 16,2%. A forte queda já era esperada pelos analistas, principalmente depois que, na segunda-feira, o governo anunciou a mais severa contração nas exportações da história econômica do Japão. Os economistas previam, em média, uma baixa de 6,7% na produção industrial em novembro, e o governo, mais otimista, acreditava em um recuo de 6,4%. A retração na produção foi puxada pelas indústrias automobilística e eletrônica, por causa da degradação da demanda nos Estados Unidos. Em outubro, a produção industrial japonesa havia recuado 3,1%. O índice de produção de minas e fábricas ficou em 94 sobre a base de 100 pontos, fixada em 2005, segundo o relatório divulgado pelo governo. O índice de transporte de mercadorias por via marítima caiu 8,4%, para 93,5 pontos, enquanto os estoques industriais cresceram 0,7%, para 110,3 pontos. Também esta manhã, o governo japonês informou que a taxa de desemprego subiu de 3,7% para 3,9% em novembro. A expectativa de analistas era de que a taxa ficasse em 4%. Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, 2,56 milhões de pessoas estava desempregadas no fim de novembro. O relatório mostrou que o número de ofertas de trabalho em novembro caiu 2,3% com relação ao mês anterior, enquanto o número de pessoas que procuram emprego subiu 3,3%. Outro indicador divulgado pelo governo japonês foi o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que subiu 1% em novembro na medição anual. O Japão, que depende fortemente de suas exportações, entrou em recessão técnica - dois trimestres seguidos de retração do Produto Interno Bruto (PIB) - no terceiro trimestre.

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