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Inepar: inadimplência da empresa é negociada

A exemplo dos debenturistas da segunda emissão, os da terceira concordaram em negociar com a Inepar a inadimplência da empresa junto aos seus investidores. Ficou acertada a concessão de 60 dias de prazo para o resgate das parcelas vencidas.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os investidores que compraram debêntures da Inepar S/A Indústria e Construções fizeram um acordo com a empresa em relação à inadimplência no pagamento de parcelas vencidas de resgate do papéis. A exemplo dos debenturistas da segunda emissão, os da terceira optaram por concordar em conceder 60 dias de prazo para o resgate das parcelas, condicionando o recebimento dos juros das relativas parcelas até o dia 4 de março. A decisão foi tomada ontem em reunião realizada na sede da Omar Camargo CCV Ltda, em Curitiba. A Inepar apresentou garantias de recebíveis de contratos para o acordo com os debenturistas. A Omar Camargo é o agente fiduciário. A dívida da Inepar com os debenturistas da terceira emissão é de cerca de R$ 9 milhões, a serem pagos de dezembro de 2001 a abril de 2002. Até o momento, a empresa deixou de pagar cerca de R$ 1,350 milhão. As debêntures foram emitidas em novembro de 1996, com prazo de cinco anos, para custear o projeto de incorporação das unidades industriais da Sade Vigesa. Foram lançados R$ 25 milhões em debêntures, divididas em duas séries: 20 mil papéis não conversíveis e 5 mil conversíveis em ações. Na data do vencimento, em 30 de novembro de 2001, 80% das debêntures tinham sido pagas ou convertidas, restando à Inepar uma dívida de aproximadamente R$ 9 milhões. Com o fim do prazo, a companhia fez assembléia com os debenturistas da terceira emissão e propôs o parcelamento do débito em cinco vezes. Pelo acordo, 5% seriam pagos em dezembro, 10% em janeiro, 28% em fevereiro, 28% em março e o restante em abril. Segunda emissão Na última sexta-feira, os debenturistas da segunda emissão da Inepar e representantes da companhia chegaram a um acordo em reunião realizada na sede da Pentágono DTVM, no Rio de Janeiro. A empresa está inadimplente com esses investidores em cerca de R$ 21 milhões. Os debenturistas decidiram permutar aproximadamente R$ 6 milhões em novas debêntures da Subestação Eletrometrô e deram 60 dias de prazo para que a empresa resgate o saldo da operação, aproximadamente R$ 15 milhões. Os acordos, portanto, evitam demandas judiciais. A Subestação Eletrometrô é uma empresa da Inepar que tem concessão para transformar e fornecer energia para o metrô de São Paulo. A dívida da empresa com os debenturistas da segunda emissão refere-se à quinta e à sexta parcela da repactuação dos papéis. Essas debêntures foram emitidas em fevereiro de 1996, no montante de R$ 35 milhões. Os recursos eram para o projeto Iridium. A Pentágono é o agente fiduciário da operação.

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