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Infinity Bio-Energy capta US$ 75 mi para reorganizar operação

Empresa do grupo Bertin, que está em recuperação judicial, quer recompor canaviais e reduzir capacidade ociosa

Por Eduardo Magossi
Atualização:

A Infinity Bio-Energy, produtora de açúcar e etanol controlada pelo grupo Bertin, informou ontem que recebeu um aporte de US$ 75 milhões de fundos americanos. Segundo o presidente da empresa, Douglas Oliveira, a operação foi fechada em junho e a empresa já recebeu a primeira parcela, de US$ 38 milhões. A segunda parte deverá ser recebida em 45 dias. O prazo de pagamento é de três anos. Cerca de 75% dos recursos serão utilizados para recomposição do canavial, disse Oliveira. Os investimentos visam melhorar a eficiência das seis usinas da empresa, que operam abaixo da capacidade de moagem por falta de matéria-prima. As usinas têm capacidade para moer 9 milhões de toneladas, mas processaram apenas 6,2 milhões de toneladas na safra 2011/12.Embora abaixo da capacidade, o volume foi bem superior aos 4 milhões de toneladas moídos anteriormente. Para a safra 2012/13, a previsão da Infinity Bio-Energy é atingir 6,5 milhões de toneladas. O aumento da moagem e um projeto de reestruturação iniciado no final do 2010, quando o grupo Bertin assumiu o controle da empresa, fez com que a Infinity registrasse seu primeiro resultado operacional positivo na safra 2011/12, com receita líquida de R$ 606 milhões e um Ebitda de R$ 134,4 milhões. Mesmo assim, a empresa teve prejuízo líquido de R$ 7 milhões na safra 2011/12. As perdas, no entanto, ficaram abaixo das registradas na safra anterior, de R$ 339 milhões. "O prejuízo é resultado de não termos acesso a financiamentos bancários nem ao BNDES por estarmos em recuperação judicial", disse Oliveira. Ele espera que a empresa deixe de ter prejuízo ainda nesta safra. Segundo ele, assim que a empresa sair da recuperação judicial conseguirá crédito a juros mais baixos. "Operacionalmente, o Ebtida mostra que estamos melhores", afirma. A Infinity protocolou a saída da recuperação judicial em que se encontra desde 2009 no início de junho e agora aguarda apenas o o pronunciamento do juiz.

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