PUBLICIDADE

Inflação argentina pode chegar a 11% em 2002

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação de 2002 na Argentina deve ficar entre 9% e 11%. A estimativa é de Oscar Lamberto, que na terça-feira assume a Secretaria da Fazenda do Ministério da Economia argentino. Em entrevista ao jornal Clarín, ele admitiu que alguns produtos poderão ter, inicialmente, um aumento de até 30%, mas destacou que essa alta não será registrada em todos os segmentos e que os preços recuarão por conta das regras próprias do mercado. Lamberto disse que a administração (Eduardo) Duhalde aplicará uma política fiscal bastante dura no país porque todos os créditos estão cortados. Ele lembrou que a Argentina tem um déficit fiscal em torno de US$ 11 bilhões anuais, mas garantiu que não serão criados novos impostos para financiar o rombo. Não descartou, entretanto, uma reforma fiscal na Argentina. O secretário afirmou que vai definir os gastos operacionais mínimos necessários ao estado e proporá cortes ao Executivo e ao Parlamento. Lamberto admitiu que a desvalorização será inicialmente recessiva, como sempre acontece, porque se precisa reacomodar os preços relativos. Os efeitos sobre a indústria e as exportações, ressaltou, também não serão imediatos. O secretário negou que as Lecop servirão também para financiar o orçamento. Serão emitidos cerca de 2,5 bilhões de Lecops, incluindo os 1,3 bilhão já emitidos. O novo orçamento federal, afirmou o secretário, dependerá inteiramente da arrecadação fiscal - mês a mês, não se pode esquecer, a Argentina vem arrecadando menos impostos. Só em dezembro, a queda foi de 28%. Leia o especial

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.