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Inflação cai de 1,18% para 0,40% no Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

O custo de vida na cidade do Rio de Janeiro se desacelerou em 0,78 ponto porcentual para 0,40% no fechamento de maio, ante uma taxa média de variação dos preços no varejo em abril, de 1,18%. Segundo informou à Agência Estado o economista responsável pelo Índice de Preços ao Consumidor do Rio de Janeiro (IPC-RJ), André Furtado Braz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), este é o menor índice desde maio de 2002, quando os preços no varejo carioca apresentaram uma deflação de 0,12%. De lá para cá, em função da desvalorização cambial, todas as taxas foram progredindo para patamares superiores a 0,40%", diz Braz. Alimentação fez desacelerar ritmo de alta A desaceleração do ritmo de alta da inflação medida no Rio de Janeiro pelo IPC-RJ foi provocada basicamente pelo grupo Alimentação, segundo André Furtado Braz. O conjunto dos alimentos dentro do IPC-RJ saiu de uma alta de 1,24% em abril para uma estabilidade em maio. Os alimentos in natura estão no centro desta queda. As hortaliças e legumes fecharam o mês passado mostrando uma deflação de 8,12% depois de ter apresentado em abril taxas positiva de 3,93%. Os preços das frutas, apesar de terem subido, ainda fecharam negativos em 1,15% ante uma deflação no mês anterior de 2,18%. Só os alimentos industrializados subiram, puxada pela alta registrada n os preços das carnes e peixes processados, de 0,11% em abril para 1,83%. Braz recorre ao mesmo argumento de Heron do Carmo, da Fipe, para explicar a alta dos alimentos industrializados. Segundo ele, muitos dos componentes que contribuem para a formação destes preços são derivados de matérias-primas adquiridas no período em que se registrou as maiores cotações do dólar. "No caso do IPC-RJ, em que as carnes e peixes foram os produtos que mais subiram, o efeito pode ter ocorrido sobre as embalagens, que sã o derivados de petróleo", afirma Braz. O grupo Habitação encerrou o mês passado com uma elevação de 0,68%. A alta , segundo o economista da FGV, foi provocada pelo reajuste do salário mínimo, que atingiu os rendimentos dos empregados domésticos, mensalis tas e diaristas. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais, apresentou desaceleração no seu ritmo de alta, de 1,40% em abril para 0,70% em maio. O item Transportes também deu contribuição significativa para a desaceleração da inflação no Rio de Janeiro. Saiu de uma variação positiva de 2,86% em abril para uma deflação de 0,87%. Neste caso, a queda se deu em decorrência das reduções nos preços da gasolina (-2,51%), do álcool combustível (-2,61%) e óleo diesel (3,67%).

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