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Inflação cai e fica em 0,05% em setembro

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 ficou em 0,05% em setembro, contra inflação de 0,19% em agosto; queda nos grupos de Alimentação e Bebidas e Transportes foi o motivo

Por Agencia Estado
Atualização:

A prévia da inflação oficial de setembro, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), sofreu uma queda e apresentou inflação de 0,05%, ante 0,19% em agosto. A variação ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que iam de 0,06% a 0,17% e bem abaixo da mediana das previsões (0,12%). Os resultados, que teriam divulgação às 9h30 desta sexta-feira, já estão disponíveis no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado de setembro, o acumulado do IPCA-15 no ano ficou em 1,92% e nos últimos 12 meses em 3,69%, total bem abaixo da meta central de inflação, estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 4,5%. Considerando os meses de julho, agosto e setembro (trimestre), a taxa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) foi de 0,22%. Segundo o documento de divulgação do IBGE, parte dos itens pesquisados apresentou queda de preços no mês, sendo os grupos Transportes (de 0,23% para -0,38%) e Alimentação e Bebidas (de 0,18% para -0,06%) os principais responsáveis pela desaceleração da taxa de um mês para o outro. No grupo Transportes (-0,38%), itens importantes na despesa das famílias tiveram seus preços reduzidos. O litro da gasolina, por exemplo, que tinha subido 0,46% em agosto, ficou 0,38% mais barato, enquanto o álcool caiu bem mais: -2,59% contra alta de 1,87% do mês anterior. As tarifas dos ônibus intermunicipais e interestaduais, que registraram aumento de 3,13% e 5,97%, em agosto, caíram para -0,15% e -0,34% em setembro, respectivamente. Dentre os alimentos (-0,06%), muitos ficaram significativamente mais baratos. São exemplos: cebola (-18,31%), batata-inglesa (-11,81%), feijão carioca (-7,37%), feijão preto (-5,91%), tomate (-4,61%) e açúcar cristal (-3,48%). Por outro lado, a carne-seca (8,39%), o frango (3,15%) e as carnes (2,23%) se destacaram pela alta nos preços. Além dos grupos dos alimentícios e dos transportes, itens importantes como remédios (-0,26%), eletrodomésticos (-0,28%), artigos de higiene pessoal (-0,55%) e de limpeza (-0,37%) também apresentaram queda. Ainda segundo o documento, o índice de setembro mostrou desaceleração em relação ao mês anterior mesmo com a alta de 1,97% nos salários dos empregados domésticos, que deteve a maior contribuição individual (0,06 ponto percentual), resultado do reajuste do salário-mínimo ocorrido no ano. Também a taxa de água e esgoto (1,19%), que absorveu parte do reajuste de 4,00% ocorrido no Rio de Janeiro (desde 1º de agosto) e parte do reajuste de 6,71% vigente em São Paulo (desde 31 de agosto), exerceu pressão no resultado de setembro.

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