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Inflação da zona do euro recua menos que o esperado

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Por Redação
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A inflação na zona do euro desacelerou ligeiramente em março, mas não tanto como o esperado, na medida em que o aumento dos preços do petróleo atinge consumidores e dificulta a tarefa do Banco Central Europeu (BCE) de estimular o crescimento sem aumentar o custo de vida. Os preços ao consumidor nos 17 países que compartilham o euro subiram 2,6 por cento em março em relação a um ano atrás, em comparação com 2,7 por cento em fevereiro, divulgou nesta sexta-feira o escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat. O número de março ficou acima da previsão feita por economistas consultados para uma pesquisa da Reuters de 2,5 por cento. Embora a inflação esteja baixo do pico do ano passado, de 3 por cento, os economistas e o BCE esperavam que os preços caíssem de forma constante, uma vez que a economia tem tropeçado, oferecendo algum alívio para as famílias em um momento de aumento do desemprego e fortes cortes de gastos. "O risco de que a inflação de preços ao consumidor seja mais resistente devido aos preços elevados do petróleo é uma preocupação para o BCE, ao mesmo tempo que há também a preocupação dentro do banco sobre o impacto inflacionário a longo prazo causada pela enorme liquidez que o BCE forneceu aos bancos", disse o economista do IHS Global Insight Howard Archer. O BCE, que decidirá na próxima quarta-feira sobre as taxas de juros, manteve-as em 1 por cento no início deste mês, julgando que as taxas baixas foram cruciais para estimular o crescimento e que as pressões subjacentes sobre os preços parecem limitadas por enquanto. Ainda assim, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse no início de março que o aumento dos preços de energia provavelmente impulsionariam a inflação acima de 2 por cento em 2012, "com riscos de alta prevalecendo". Isso é acima da meta do BCE, mas próximo de 2 por cento, o que o banco sediado em Frankfurt julga ser bom para a estabilidade dos preços e para uma economia saudável. (Reportagem de Robin Emmott)

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