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Inflação dentro da meta em 2005 e juros em queda em janeiro

O ano de 2005 terminou com a Selic em 18% ao ano e a pesquisa do BC aponta que o mercado financeiro espera uma queda de 0,5 ponto porcentual na primeira reunião do Copom em 2006

Por Agencia Estado
Atualização:

Pela terceira semana consecutiva, a pesquisa semanal do Banco Central (Focus) aponta que perspectiva para a inflação em 2005 é de 5,68%, um patamar acima do objetivo de 5,1% perseguido pelo Comitê de Política Monetária. Contudo, a previsão apurada pelo BC encontra-se no intervalo de tolerância de 2,5 pontos porcentuais em relação à meta central de inflação, de 4,50%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice de inflação usado como referência para a meta de inflação. Neste ano, ele acumula alta de 5,31% e, nos últimos 12 meses, 6,22%. A política monetária do Banco Central tem por objetivo o controle da inflação de acordo com o sistema de metas. Para isso, o BC usa a taxa básica de juros da economia, a Selic, como ferramenta para o controle dos preços. Isso porque, com juros mais altos, o consumo tende a diminuir, o que reduz a pressão de alta sobre os preços. O ano de 2005 terminou com a Selic em 18% ao ano e a pesquisa do BC aponta que o mercado financeiro espera uma queda de 0,5 ponto porcentual na primeira reunião do Copom em 2006 - marcada para os dias 17 e 18 de janeiro -, o que levaria os juro para 17,5% ao ano. Para o fim deste ano, as previsões de taxas de juros também não se alteraram e prosseguiram em 15% ao ano. As estimativas de taxa média de juros para este ano, em contrapartida, subiram de 15,92% para 15,94%. Câmbio e exportações Uma das alterações na previsão do mercado apontada pela pesquisa do BC é a taxa de câmbio. A perspectiva para o final de janeiro subiu de R$ 2,27 para R$ 2,30. Esta foi a terceira elevação seguida destas previsões, que estavam em R$ 2,26 há quatro semanas. Para o final deste ano, as estimativas de câmbio ficaram estáveis em R$ 2,40. Há quatro semanas, estas previsões estavam em R$ 2,45. O Banco Central tem agido para tentar segurar a depreciação do dólar frente ao real. Um dos motivos é que, com o real mais forte, as exportações brasileiras ficam mais caras para os países que importam produtos Brasileiros. O resultado disso seria um saldo comercial mais baixo para o Brasil. Isso ainda não está acontecendo, apesar das fortes críticas dos setores exportadores. Ainda hoje, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, concederá sua primeira entrevista de 2006. Durante a coletiva, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, Furlan comentará os números finais da balança comercial de 2005 e anunciará as novas metas de seu ministério para 2006. O mercado espera um superávit da balança comercial neste ano de US$ 44,16 bilhões, segundo apontou a pesquisa do BC. Esta previsão aumentou, já que na semana passada estava em US$ 44 bilhões e há quatro semanas era de $ 43 bilhões. Pessimismo com crescimento A pesquisa do BC apontou que o mercado continua pessimista quanto ao crescimento da economia em 2005. As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) caíram de 2,48% para 2,40%. Há quatro semanas, as previsões de expansão econômica para o ano passado estavam em 2,66%.

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